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PROEX/UERN faz trabalho de ressocialização de detentas

A Pró-Reitoria de Extensão da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (PROEX/UERN) através da Diretoria de Desenvolvimento Social (DIRDES) iniciou, numa parceria com Conselho da Comunidade na Execução Penal da Comarca de Mossoró e da Penitenciária Agrícola Mário Negócio, uma série de trabalhos com detentas.

A oficina realizada nesta sexta-feira, 14 de março, teve como tema “O que é ser mulher e os direitos da mulher apenada”.

De acordo com a diretora da DIRDES, Lígia Guerra, o objetivo do trabalho é ressocializar as apenadas. “A demanda das mulheres encarceradas é muito grande. Queremos informar os seus direitos e ouvir as suas expectativas”, frisou.

O trabalho conta também com a colaboração da Advogada Popular Jaqueline de Almeida Dantas, que integra o Núcleo de Estudos Sobre a Mulher. Discente do Mestrado de Ciências Sociais e Humanas da UERN, Jaqueline pretende incluir o trabalho de ressocialização das detentas na pesquisa que resultará na dissertação de mestrado. “Já vinha fazendo esse trabalho no Centro de Detenção Provisória onde denunciei as faltas de condições. Agora faremos uma pesquisa sobre métodos e técnicas de ressocialização, combatendo o tratamento desumano”, explicou.

Ela acrescentou ainda que ficará durante dois anos fazendo o trabalho na Penitenciária Agrícola Mário Negócio. “Essa foi a primeira oficina. Vamos trabalhar para que a teoria se concretize com a recuperação das detentas”, frisou.

Além de Lígia e Jaqueline, também participaram duas estagiárias do Centro de Referência de Direitos Humanos da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) e a Me. Janaiky Pereira de Almeida, professora da Faculdade de Serviço Social (FASSO/UERN) e Membro do Núcleo de Estudos Sobre a Mulher.

Para as detentas, a iniciativa é uma esperança de um mundo melhor. “É uma oportunidade de a gente aprender mais e sair daqui uma pessoa de bem”, afirmou Silvana da Silva, que recebeu o endosso de Monya Daniele: “Estou gostando. Tomara que não fique só nas palestras e que tenha a prática para melhorar a vida da gente”.

A preocupação das integrantes do grupo de trabalho é com a violência em Mossoró. Das 100 cidades mais violentas do país, Mossoró é a 61ª com maiores índices de criminalidade. “A consequência disso é o envolvimento das mulheres no mundo do crime. Temos que nos preocupar com a educação para prevenir, mas também com a ressocialização das detentas”, acrescentou Ligia Guerra.

Atualmente existem 57 mulheres apenadas na Penitenciária Agrícola Mário Negócio.

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