A saúde do ser humano está diretamente relacionada ao meio ambiente, uma vez que a qualidade de vida melhora com o ambiente adequado. Em um período de pandemia, onde há uma maior preocupação com o bem-estar físico e mental, pensar na qualidade do ambiente onde os indivíduos estão inseridos durante o isolamento social é de suma importância para debater estratégias para melhorar esses espaços e, consequentemente, a saúde da população.
Considerando essa relação entre saúde e meio ambiente, a profª Drª Anne Katherine de Holanda Bezerra Rosado, do departamento de Gestão Ambiental, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), desenvolveu um estudo sobre as questões socioambientais em Mossoró durante a pandemia da COVID-19, o coronavírus. O estudo tem como objetivo avaliar a sensação dos indivíduos, mediante ao isolamento social.
Para a análise, foi elaborado um questionário com 18 perguntas. “As questões propostas versam sobre alguns aspectos de avaliação como impactos do isolamento, renda, saúde e meio ambiente e políticas públicas”, informa a professora. Ela ressalta que geralmente esse tipo de pesquisa é feito em campo, no entanto, devido à atual situação imposta pela necessidade de isolamento, os instrumentos de coleta de dados proposto foram a divulgação através de redes sociais e outras plataformas digitais, por meio de um atalho (link) convidando para que o leitor da mensagem participasse da pesquisa através da contribuição com suas respostas.
Durante o estudo, pode-se perceber que a maioria dos participantes não tem área verde nas suas casas. Entretanto, 90% dos entrevistados disseram que consideram importante ter. “Aqui, vemos um paradoxo: a maioria das pessoas não tem esse espaço em casa, mas considera importante”, observa, destacando que manter um espaço verde em casa é fácil e traz grande benefícios.
Katherine Bezerra enfatiza que esse é um dado preliminar, que será avaliado juntamente com outros pontos do questionário. A ideia é dar um panorama mais claro sobre as questões socioambientais da cidade nesse períodos. “As questões abordadas no estudo levantaram vários pontos que, depois de analisados, podem demonstrar dados para a melhor compreensão acerca do problema”, explica a professora.
