...

EN

ES

Search
Close this search box.
Search
Close this search box.

Falas de esperança marcam edição do Reconecta no Campus de Pau dos Ferros

Na entrada do auditório do Campus de Pau dos Ferros, no início da noite de sexta-feira (18), os estudantes eram convidados a utilizar o emocionômetro – ferramenta que estimula os usuários a identificarem e expressarem suas emoções – e apontar qual sentimento prevalecia na semana que marcou a retomada das aulas presenciais da Uern.

Dentre as quatro opções disponíveis na ferramenta, aquela que foi relatada pela maioria dos alunos simboliza o sentimento que prevalece entre a comunidade acadêmica neste momento – a esperança.

O uso do emocionômetro foi uma das ações realizadas durante o Uern Reconecta, evento intersetorial que promoveu a acolhida de estudantes e servidores de todos os campi da Uern, ao longo da última semana.

“É muito simbólico a gente ver a esperança como nossa principal emoção nesse momento de retomada. Também tem emoções como medo ou raiva, por conta dos desafios. Mas estar aqui, enquanto processo formativo, é o que faz o diferencial nas nossas vidas e transforma as nossas histórias. Quando a gente está na formação acadêmica, não aprende só a ciência, só a teoria. A gente está também crescendo, se desenvolvendo como pessoas. É isso que faz a diferença na nossa vida e na nossa rotina”, destacou a chefe do Setor de Assistência Estudantil da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae), Lenna Indyara, durante o Reconecta.

O sentimento de esperança também foi enaltecido pela pró-reitora adjunta de Extensão da Uern, professora Eliane Anselmo, que frisou a alegria de observar os campi da Universidade repletos de discentes mais uma vez. “É um sentimento de gratidão também por esse novo tempo, com a nossa universidade de novo tão bonita, com tanta gente”, comentou a professora.

O diretor do Campus de Pau dos Ferros, Agassiel de Medeiros, também ressaltou o contentamento pelo retorno das atividades presenciais e destacou o papel da Universidade além do ensino. “É um momento muito marcante, que nos dá uma ideia da força que a universidade tem e nos dá o poder de contribuir para vida”, enfatizou o diretor do campus.

Ao longo do evento, que também foi realizado durante a manhã, os estudantes acompanharam apresentações culturais e atividades de ginástica laboral, além das boas-vindas das equipes gestoras do campus e da reitoria.

A edição do Uern Reconecta em Pau dos Ferros encerrou o ciclo do evento nos diferentes campi da Universidade, o qual teve início na segunda-feira (14), no campus de Natal.

“O Reconecta teve o objetivo de garantir todas as condições favoráveis para o retorno presencial e seguro, com respeito aos protocolos de segurança, mas, sobretudo, com foco na acolhida de nossos alunos e de toda a comunidade acadêmica em geral. A Universidade promoveu diversas melhorias na infraestrutura e a aquisição de equipamentos para favorecer as condições para o retorno. Entretanto, um momento de acolhida, de congraçamento e reencontro também se fez necessário e por isso percorremos todos os campi levando nossa mensagem de boas-vindas, de esperança e gratidão”, ressaltou o pró-reitor de Assunstos Estudantis, Erison Natécio.

Durante a edição realizada pela manhã, a reitora da Uern, professora Cicília Maia, salientou as decisões tomadas pela Universidade ainda no início da pandemia do coronavírus, quando a instituição decidiu suspender as atividades presenciais. “Nós nos guiamos antes e continuamos seguindo a luz da ciência. Isso é um exemplo do que nós produzimos e da nossa missão, que é transformar vidas e cenários”, destacou a reitora.

“É por isso que temos essa gratidão tão grande de estarmos aqui retornando. Muitos aqui tendo a primeira experiência desse contato presencial. Ainda devemos seguir as recomendações sanitárias, mas caminhamos juntos para um futuro livre da pandemia, com essa reconexão”, complementou o vice-reitor da Uern, professor Chico Dantas.

Também presente ao evento, a prefeita de Pau dos Ferros, Marianna Almeida, destacou o papel da Uern na região e a alegria de acompanhar a retomada. “É uma instituição histórica e tão importante para Pau dos Ferros, para a região, para o Rio Grande do Norte e para os estados vizinhos”, comentou.

“Era de partir o coração ver esse campus sem os nossos alunos, mas agora temos a alegria de ver vocês todos aqui novamente”, acrescentou a secretária municipal de Educação de Pau dos Ferros, Larissa Alves, que também é docente do campus.

A coordenadora-geral do Diretório Central das e dos Estudantes (DCE), Terumi Tatsukawa, também participou da recepção aos estudantes e comentou a participação do movimento estudantil no ambiente acadêmico. “É uma honra estar aqui neste momento, compartilhando com os colegas e aprendendo cada vez mais, fortalecendo também o movimento estudantil”, apontou.

Também representando o DCE, a coordenadora de combate à LGBTfobia do diretório, Estefane Maria, aluna do Campus de Pau dos Ferros, declamou um poema de sua autoria que representa a alegria e esperança da retomada presencial e o esforço sempre presente para promover melhorias no ambiente universitário e fomentar a valorização dos estudantes e da universidade como um todo:

Peço licença a Maria
pra lhe parafrasear.
Nos versos dessa poesia
é preciso ecoar
que a Uern pra mim é casa,
resistência, abraço e lar.

Na certeza que mantemos
uma universidade transformadora,
em uma sociedade opressora
é a educação que pode viabilizar
a ascensão de quem está a margem
e pela continuidade, é preciso lutar.

É preciso lutar pela valorização do pesquisador,
entendendo que não é só amor
que basta para continuar.
A nossa bandeira é sobre possibilitar
a permanência de quem acessa.
Gritar que emancipação precisa de pressa
e é o conhecimento que a estrutura,
que a educação é a completa cura
de feridas ainda abertas.
Sem tempo para promessas insertas,
queremos garantia de direito,
por entender que cada sujeito
toca uma realidade diferente
e é essa UERN resistente
que cura e transforma com esplendor.
Agora, trago de volta o amor
que em cada campi une a gente,
mediando conhecimento de mente pra mente
e formando, de canto em canto, um condor.

É preciso lutar por melhorias nas estruturas.
Eu vejo, em visões futuras,
a descentralização de recursos,
investimento no corpo docente de cada curso,
pra oferecer segurança de mediação;
a diversidade em cada repartição,
enegrecendo as prós-reitorias,
considerando cada termo dessa poesia
como pedido de execução.
É preciso lutar pela alimentação.
A garantia do restaurante em cada campus
pra que a UERN não seja motivo de desencantos,
a assistência ao aluno é urgência.
A nossa pauta é viabilizar o acesso,
e, de forma a contínua, a permanência.

Eu quero tomar cada espaço
dentro dessa universidade,
dizer que há a necessidade
de ouvir cada uma das vozes,
reconhecer cada um dos algozes
e gritarmos, todos, em um só discurso.
Respeitar cada passo nesse percurso
e garantir a autonomia desse projeto.
Sem possibilidade de regresso,
entender que não estamos em uma disputa.
A palavra de ordem é manter a luta,
avistando no horizonte o progresso.”

Page Reader Press Enter to Read Page Content Out Loud Press Enter to Pause or Restart Reading Page Content Out Loud Press Enter to Stop Reading Page Content Out Loud Screen Reader Support