A pandemia de COVID- 19, presente desde o início do ano passado, desencadeou uma discussão sobre a importância da produção científica em todo o mundo. Nesse cenário de medo e incertezas, o papel da ciência ganha evidência, sobretudo com a produção das vacinas, e as universidades públicas assumem um protagonismo na produção deste conhecimento científico.
No Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, celebrado em 8 de julho, a sociedade volta o seu olhar para o desenvolvimento científico e tecnológico como agente essencial para o desenvolvimento socioeconômico de uma região. E apesar da constante batalha contra descrenças e cortes de financiamentos, as Instituições de Ensino Superior resistem em produzir ciência.
Em meio a esse contexto, a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) se une à essa luta pela valorização da ciência em todo país. E faz isso, da melhor forma possível: produzindo pesquisas de qualidade.
Com 22 cursos de mestrado e quatro de doutorado, a Uern avança na pós-graduação stricto sensu, que reflete diretamente na quantidade e qualidade da pesquisa desenvolvida no âmbito da Instituição.
“A pesquisa de pós-graduação é de maior robustez e isso significa dizer que é uma pesquisa com maior complexidade, maior aprofundamento e isso requer muitas vezes a construção de uma rede colaborativa, que envolve outros professores desta ou de outras instituições, alunos de pós-graduação e os alunos da graduação”, afirma o Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação, Rodolfo Lopes Cavalcante.
No âmbito da graduação, a realidade também é animadora. Entre 2016 e 2020, a Uern ampliou em 233% o total de bolsas de iniciação científica pagas com recursos próprios, passando de 30 para 100 bolsas por meio do Pibic Uern. Cada estudante contemplado no programa em 2020 recebeu uma bolsa mensal de R$ 400, totalizando um investimento de R$ 40 mil.
Hoje, segundo o assessor da Propeg, Álvaro Lima, são 398 projetos de pesquisa em andamento, sendo 311 do PIBIC e 87 projetos dos editais de fluxo contínuo para institucionalização. As ações de pesquisa atualmente envolvem 705 alunos participantes e 351 professores.
Para Rodolfo Lopes, celebrar o dia nacional da ciência é, sobretudo, ratificar todo o processo de luta dos últimos anos em defesa da construção do conhecimento científico, em reconhecimento a este como uma estratégia indispensável para o desenvolvimento da sociedade e transformação da realidade vigente.
“Entendendo a ciência como ferramenta indispensável para esse desenvolvimento, a gente pode dizer que a Uern é co-partícipe de todo esse processo de defesa da ciência, de construção do conhecimento científico, uma vez que se fizermos um retrocesso de todas as pesquisas da Uern, a cada ano nossas pesquisas só aumentam”, observa.
Ele frisa que todo conhecimento produzido pela universidade emana da sociedade e é voltado para a sociedade, o que garante sobretudo, a condução de uma universidade socialmente referenciada. “A universidade prima pelo conhecimento científico por entender que é esse conhecimento que vai compreender na transformação da realidade vigente”, destaca o pró-reitor.
