...

EN

ES

Search
Close this search box.
Search
Close this search box.

Mesa-redonda e performance teatral marcam abertura do Julho das Pretas

Marcando o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, a Uern realizou, na noite desta terça-feira (25), no auditório da Faculdade de Serviço Social (Fasso), a abertura do “Julho das Pretas – Mulheres Negras em Marcha por Reparação e Bem Viver”.

O evento, que é realizado pela segunda vez pela Universidade, conta com a participação de diversos setores da Uern e de outras instituições, contando, até a próxima sexta-feira, com mesas-redondas, colóquio e atividades culturais.

A mesa de abertura do evento foi composta pelas professoras e pesquisadoras Cicília Maia, reitora da Uern, Joana D’Arc Lacerda, representando a Faculdade de Serviço Social, Fernanda Marques, representando o Núcleo de Estudos Sobre a Mulher (NEM), e Suamy Soares, representando a Diretoria de Ações Afirmativas e Diversidade (Diaad).⁣

Durante sua fala, Cicília Maia destacou a importância da criação da Diaad, em 2022, e frisou o desejo de que novos passos sejam dados em relação às ações afirmativas, incluindo a perspectiva futura da criação de uma pró-reitoria específica para esse fim.

“E nós queremos que essas discussões se coloquem não apenas aqui, mas que a gente sirva de espelho, de inspiração para outras instituições”, salientou a professora.

A cerimônia também foi marcada pela performance teatral “Aparecida”, com as atrizes Lenilda Sousa e Tony Silva.

Neste ano, Tony Silva receberá o título de Professora Honoris Causa da Universidade. O título foi aprovado pelo Conselho Universitário (Consuni) neste mês e será concedido formalmente à atriz na próxima assembleia universitária da Uern, em setembro.

A abertura do evento foi realizada no auditório da Faculdade de Serviço Social

Após a apresentação cultural, foi realizada a mesa-redonda principal, com três convidadas, que trocaram experiências e apresentaram diferentes perspectivas sobre o tema do evento.

A advogada popular e doutoranda em Direitos Humanos pela Universidade de Brasília (UnB) Rayane Andrade enfatizou a necessidade do protagonismo das mulheres negras nas ações e políticas voltadas aos seus direitos.

“Não foram as mulheres negras que criaram o patriarcado e o racismo, mas não tenho dúvida de que seremos nós a provocar a derrocada deles”, frisou.

Também integrante da mesa-redonda, a assistente social, professora e mestranda em Serviço Social Mayara Saraira frisou a importância da união entre as diferentes pautas e lutas de vítimas de opressão.

“Nós, enquanto mulheres trans, travestis, pessoas negras, pessoas com deficiência, precisamos estar juntas”, destacou a assistente social, que é mulher trans e especialista em Serviço Social, Política Social e Seguridade Social pela Faculdade do Maciço de Baturité (FMB).

Já a professora e mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ensino da Uern Débora Raquel comentou sobre sua trajetória pessoal e o papel da influência que recebeu de outras mulheres.

“Eu pensava: ‘Se eu tenho uma professora negra, eu também posso ser uma professora’. Eu vi que a vida de nós, mulheres negras, tem um caminho possível de transformação, e foi a educação que me mostrou esse caminho”, contou a professora.

Confira as fotos do evento neste link.

Programação

Nesta quarta-feira, será realizada uma atividade na Escola Estadual Professor José de Freitas Nobre, no bairro Costa e Silva, em Mossoró, entre 15 e 17h. No mesmo dia, o “Colóquio de Pesquisas e Experiências das Mulheres Negras da Uern” reunirá participantes no auditório da Fasso, a partir das 19h.

Já no canal da Uern Oficial no YouTube, acontecerá a mesa redonda “Mulheres Negras em Marcha por Reparação e Bem Viver”, às 16h da quinta-feira.

Encerrando a programação, o auditório do Campus Mossoró do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRN) sedia, na sexta-feira, às 8h50 e às 14h50, a mesa redonda “Produção do Conhecimento das Mulheres Negras”.

Fazem parte da parceria na realização do evento o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiro e Indígena (Neabi) da Uern, o Neabi do IFRN, o Núcleo de Estudos sobre a Mulher Simone de Beauvoir (Nem/Uern), o Centro de Referência em Direitos Humanos (CRDH) da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), o Fórum das Comunidades Tradicionais de Terreiros de Matriz Afro-Ameríndia de Mossoró, o Coletivo Motim Feminista e coletivos de mulheres.

Page Reader Press Enter to Read Page Content Out Loud Press Enter to Pause or Restart Reading Page Content Out Loud Press Enter to Stop Reading Page Content Out Loud Screen Reader Support