O desenvolvimento da pesquisa pode ser viabilizado por meio de estudos junto ao indivíduo, comunidade, famílias, instituições e grupos sociais. A investigação/pesquisa da enfermagem se articula com as demandas do SUS em termos de agenda de prioridades de pesquisa, organização e consolidação das Redes de Atenção à Saúde, elaboração de produtos e tecnologias em saúde, qualificação profissional, educação em saúde, promoção da saúde, prevenção de agravos e tratamento de doenças.
Uma demanda de pesquisa inerente ao processo formativo e ao exercício profissional é a mobilização de estudos voltados para o desenvolvimento técnico, metodológico, científico, ético e político da enfermagem. Compreende-se que o desenvolvimento da profissão implica no aperfeiçoamento do escopo de conhecimentos que a embasa.
A pesquisa na enfermagem tem como subsídios às ciências biológicas e da saúde; ciências humanas, políticas e sociais; ciências exatas e naturais; as ciências da enfermagem; saberes populares e outros campos de conhecimento, articulados em uma perspectiva transdisciplinar (BRASIL, 2001).
Esta perspectiva de articulação se fundamenta na concepção da ciência como campo de produção de conhecimentos capazes de responder de modo transitório e parcial as suas questões. Esta produção carrega intencionalidades, ideologias e valores independentemente da abordagem de pesquisa empregada ou dos instrumentos aplicados para a produção de dados (MACHADO, 2006).
Considerando as Resoluções CNS nº 466 de 12 de dezembro de 2012 e nº 510 de 7 de abril de 2016 (que institui as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos) (BRASIL, 2012; BRASIL, 2016) e a Resolução CNS nº 580 de 22 de março de 2018 (BRASIL 2018) do Conselho Nacional de Saúde (que estabelece as especificidades éticas das pesquisas de interesse estratégico para o SUS) a pesquisa, na formação em enfermagem, na FAEN UERN, também é orientada pelas diretrizes que regem as pesquisas com seres humanos.
No cenário da graduação em enfermagem na FAEN, a investigação também é considerada um princípio formativo cujo propósito é o de instigar o aluno a assumir uma postura crítica diante dos conhecimentos que lhe são apresentados, interna e/ou externamente, no contexto acadêmico. O processo de estruturação da pesquisa, seu delineamento metodológico e a sua fundamentação teórica e conceitual insere-se no processo de formação do enfermeiro quando capacita o discente para desenvolver projetos de pesquisa.

No processo de integralização dos componentes curriculares está prevista a elaboração e desenvolvimento do projeto de pesquisa, pré-requisitos para a conclusão do curso de graduação em enfermagem na FAEN. Este processo se estabelece em componentes curriculares, eventos científicos e culturais e atividades estratégicas (seminários, rodas de conversa entre outras) envolvendo: serviços de saúde e educação, participação em grupos de pesquisa e no Programa Especial de Treinamento (PET).

Uma estratégia exitosa que tem se consolidado nas pesquisas desenvolvidas na FAEN ao longo dos anos é a articulação entre docentes e discentes com profissionais dos serviços de saúde, onde estes têm participado dos processos de investigação e na composição das bancas avaliadoras de monografia. Logo, identifica-se nesta articulação, um movimento fecundo para a formulação de processos de investigação capazes de oferecer respostas aos problemas vivenciados por esses profissionais no contexto da Atenção à Saúde.

A política de pesquisa da FAEN insere-se nas ações de iniciação científica empreendidas pela UERN. O Programa Institucional de Iniciação Científica da universidade publica editais para a submissão de projetos anualmente. A seguir tem-se o quadro que demonstra os projetos dos docentes da FAEN que foram aprovados nos referidos editais.