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Uern reúne instituições para discutir soluções para conter a superpopulação de animais

A reitora da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), Cicília Maia, reuniu nesta segunda-feira (26), representantes de instituições de ensino superior, institutos de defesa da causa animal, diretores de unidades acadêmicas e autoridades públicas para discutir um plano de ação para buscar uma solução para a superpopulação de animais.

A ideia é criar uma política com orientações e fluxogramas para situações de urgência, com definição de protocolo de atendimento em caso de ataques de animais, incluindo indicação de local de acolhimento às vítimas e fluxo de comunicação interna, e o contato com o Centro de Zoonoses do município, com o objetivo de estabelecer diálogo e articulação sobre os animais em situação de abandono.

Ao abrir a reunião, a reitora Cicília Maia disse que o objetivo do encontro é construir uma solução coletiva com as instituições. “Nós constituímos uma comissão que construiu uma política de manejo animal que está em análise no Conselho Universitário. O nosso compromisso é com a vida. Hoje o que a gente busca é a convivência com esses animais da melhor forma possível”, afirmou a reitora.

A professora Gabriela Gurgel, do Departamento de Gestão Ambiental, é defensora da causa animal e coordena o projeto Castração, que vem gerando importante resultados. Ela reforçou que a medida mais efetiva é a castração e a adoção dos cães e gatos, mas com a lotação dos abrigos, há a dificuldade nos cuidados pós-cirúrgicos. “ A gente castrou cerca de 230 animais e muitos foram adotados. A estratégia é controlar a população”, acrescentou.

O professor Josué Moreira, do Conselho Regional de Medicina Veterinária, falou que existem cinco leis federais, três delas voltadas para os cuidados para os animais, e uma lei estadual que proíbe eutanásia de animais salvo se eles estevirem com zoonoses que possam ser transmitidas para humanos. “A gente sabe que a Uern faz tudo isso pelo amor a causa dos animais”, frisou.

Ana Luíza, coordenadora do Centro de Zoonoses, afirmou que foi formado um grupo de trabalho para avaliar a situação da população dos animais em situação de rua. “Há três anos estamos à frente do programa de castração de animais. É um trabalho muito cansativo. Já castramos em torno de 1.600 animais. Agora estamos trabalhando numa ação educativa para tentar de alguma forma ser ouvidos”, disse.

O secretário municipal de saúde Almir Mariano disse que é possível construir uma parceria para um mutirão de castrações de cães e gatos. “Se a gente reunir todos esses parceiros, a gente consegue dar um passo muito importante. A gente poderia estruturar um plano de ação porque a demanda por castrações é muito alta”, reconheceu.

O tenente Clayton, comandante do Batalhão de Polícia Ambiental de Mossoró, disse que há um crescente aumento de denúncias de maus tratos a animais desde que foi implantado o disque denúncia. “Fico feliz que estão sendo empreendidos esforços para solucionar esse problema. Nós temos uma demanda enorme de ocorrências envolvendo animais e desde que implantamos o disque denúncia há um crescente registro de denúncias de maus tratos”, frisou.

O tenente Quintino, comandante do Corpo de Bombeiros, contou que na própria sede do órgão existe a presença de animais por ser um local aberto. Ele relatou existir ocorrências. “Muitas vezes a gente não identifica o dono e nem pode deixar no local”, relatou.

Lázaro Fabrício, chefe de gabinete adjunto da Ufersa, lembrou que o campus da instituição tem uma grande população de gatos e cachorros, inclusive com registro de ocorrência. “Construímos alguns comedouros e iniciamos um diálogo com a prefeitura como a castração de animais. Também está tramitando nos conselhos a criação de uma comissão permanente”, declarou.

O professor Marcílio Falcão, coordenador do Fórum de Diretores Acadêmicos relatou casos de ataques de cães. “A gente percebe que a Uern é uma pequena amostra do que acontece no município. No campus se constituíram matilhas com 20, 15 cães. Cada vez que a gente tira uma fotografia só aumenta e já existem relatos de casos de ataques”, relatou. “Algumas medidas estão sendo tomadas na Uern e essa solução passa pela articulação das instituições”, complementou.

Ficou acertada uma nova reunião em 30 dias para avaliar as propostas.

A entrada e abandono de animais nos Campi têm dificultado o controle da população animal na universidade. A Uern já vem desenvolvendo um trabalho significativo como ações de castração e o incentivo à adoção responsável dos animais. Muitos deles, inclusive, já foram adotados por membros da própria comunidade acadêmica.

Nesse sentido, a  Uern reforça seu compromisso com uma política de convivência que una cuidado ético com os animais e segurança para a comunidade acadêmica, promovendo uma mudança de cultura baseada no respeito, responsabilidade e educação.

 

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