Dentro da programação da Semana da Consciência Negra, foi realizado na manhã desta sexta-feira, 19, o replantio do baobá no Campus Central da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern). A árvore foi replantada no jardim da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE).
A árvore sagrada para povos do continente africano havia sido plantada na Universidade em 2016, dentro da programação do I Encontro de Negras, Negros e Cotistas da Uern realizado à época. E hoje ela foi relocada para um local de maior visibilidade. “O replantio do baobá, no jardim da Prae, próximo ao Centro de Convivência da Uern, representa o reconhecimento e valorização da cultura negra”, destaca a reitora Cicília Maia.
Cicília Maia lembra que, desde a plantação do baobá em 2016, a Uern tem avançado para construção da identidade negra dentro da Universidade. “Aprovamos as cotas étnicos-raciais, desenvolvemos juntos à Prae ações de assistência estudantil que asseguram a permanência dos estudantes aprovados por estas cotas”, ilustra.
De acordo com a coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEAB) da Universidade e pró-reitora adjunta de Extensão, Eliane Anselmo, desde 2016, o baobá tem sido testemunha de muitas transformações na universidade, com ações de respeito e valorização da cultura negra.
O representante do Fórum de Terreiros, o babalorixá Pai Wellington, conhecido como Pai Bolinha, abençoou o replantio do baobá. “A árvore representa a ligação entre o divino e os homens. Que esse baobá cresça junto com a Uern, que traga força, resistência, alegria e energia positiva”, disse.
O baobá é uma árvore sagrada para os africanos, está presente em rituais de sabedoria e tem ligados a si conceitos como prosperidade, crescimentos e abundância. O baobá também se apresenta como símbolo de resistência contra o preconceito racial e religioso.