Em um auditório lotado por estudantes, familiares e convidados, a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) realizou na noite dessa terça-feira, 6, a colação de grau de 39 concluintes de sete cursos de graduação. A solenidade, que foi presidida pela vice-reitora Fátima Raquel Rosado Morais, ocorreu no Campus Avançado Prefeito Walter de Sá Leitão, em Assú.
Colaram grau estudantes dos cursos de Pedagogia, Geografia e História, do Campus de Assú; de Letras, do Núcleo Avançado de Educação Superior de Macau; de História, do Núcleo de João Câmara; e de Ciências Contábeis, do Núcleo de São Miguel. Além dos estudantes do curso de Educação Física, do Campus Universitário Central.
Entre os formandos, estava a estudante Glendha Eulália, personagem de capa da revista dos 49 anos da UERN. Ela é uma das estudantes beneficiadas com a Resolução Nº 22/2016 – Nome Social, aprovada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE). “Foi uma felicidade muito grande para mim ser chamada por meu nome social na solenidade da colação de grau. É uma sensação maravilhosa, é uma vitória que não é somente minha, mas que é de todas as pessoas trans”, declara.
Além de momentos de alegria e emoção, a solenidade de colação de grau foi marcada por discursos incisivos exaltando a importância da Universidade para o desenvolvimento socioeconômico do Rio Grande do Norte. Em tom político, a paraninfa da turma a professora Dra. Marlúcia Barros Lopes Cabral enalteceu a necessidade da luta em defesa da UERN.
“Se a UERN não estivesse onde está, muitos de vocês (graduandos) não teriam condições de ter acesso a um curso superior. Nossa Universidade tem desempenhado importante papel em oferecer uma educação pública, gratuita e de qualidade”, disse a diretora.
Durante a sua fala, a vice-reitora Fátima Raquel observou que a colação de grau ocorreu em um momento atípico da Universidade, em meio a uma greve. “É uma greve justíssima, são mais de 25 meses de atraso salarial. É uma greve por dignidade”, frisa. Ela ponderou, no entanto, que mesmo diante da legitimidade do movimento, a UERN não pode parar.
“Entendemos que a colação de grau, a conclusão do curso é de extrema importância para que os graduados possam iniciar novas etapas em suas vidas. Por isso, contamos com a compreensão de muitos, que mesmo em greve, trabalharam para tornar esse momento possível. Vocês estão aqui hoje, graças ao compromisso e esforço dos servidores. A defesa da UERN se dá de diferentes formas, inclusive garantindo que vocês sejam graduados”, declara a vice-reitora.