A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) foi uma das instituições a realizar, do último dia 04 até hoje, 07, o “II Seminário Internacional Warao: 10 anos de diáspora indígena para o Brasil”, na Universidade Federal de Roraima (UFRR).
O objetivo do evento foi analisar toda a trajetória do grupo Warao ao longo da última década e proporcionar aos profissionais das mais diversas áreas do conhecimento um olhar mais profundo sobre a situação migratória dos indígenas no Brasil.
“Considerando que em cada estado temos situações de políticas públicas diferenciadas, essa troca de experiências é fundamental para direcionar as ações em cada unidade federativa, assim como as pesquisas em andamento. O debate com os profissionais de outros países também é relevante, haja vista que temos poucas informações sobre a situação migratória dos Warao nos países vizinhos”, analisou a professora Eliane Anselmo, titular da Diretoria de Ações Afirmativas e Diversidade (DIAAD), participante de evento como organizadora e integrante de mesa temática e de grupo de trabalho.
O evento promoveu aos profissionais de outros estados e países um contato direto com o locus de entrada dos migrantes venezuelanos em situação de vulnerabilidade, tendo em vista que os abrigos são insuficientes para acolher todo essa população que atravessa a fronteira.
Além disso, teve como intuito fortalecer os programas de pós-graduação, a produção do conhecimento e os cursos de graduação nas áreas das Ciências Sociais e correlatas. Participam ainda representantes dos kali’ña, pemon e outras etnias indígenas da Venezuela que migraram para o Brasil em menor quantidade.
A diáspora dos Warao no Brasil inicia-se em Roraima, de onde eles se dispersam em todo território nacional em busca de melhores condições de vida.