Foi instituído na manhã desta segunda-feira (14), em Mossoró, o Comitê Estratégico de Educação Ambiental para o Oeste Potiguar, em reunião na Cúria Diocesano, com representantes municipais (Poder Executivo e Poder Legislativo) e de diversas entidades, entre elas, a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern).
O comitê tem por objetivo o fortalecimento de políticas públicas voltadas à educação ambiental, com o propósito de envolver escolas, universidades, comunidades, movimentos sociais e religiosos na missão de construir uma cultura educacional de zelo pela biodiversidade.
A iniciativa nasce da escuta atenta aos apelos da Igreja no Brasil que este ano na Campanha da Fraternidade reforça o compromisso e cuidado com o meio ambiente. No magistério do Papa Francisco, este tema ocupa lugar central, propagando nos documentos eclesiais e em suas catequeses a urgência do cuidado com a Casa Comum.
“É hora de plantar esperança, renovar compromissos e construir um futuro no qual a Casa Comum seja um espaço de vida, dignidade e cuidados com todos”, afirmou o bispo diocesano, Dom Francisco de Sales.
O vigário para educação e cultura da Diocese de Mossoró, Padre Charles Lamartini, explicou que trata-se de um ambiente destinado ao diálogo, ao planejamento e à implementação de ações concretas que promovam o cuidado com a natureza.
Falando em nome das instituições de ensino, a reitora da Uern, Cicília Maia, destacou a importância da educação ambiental em todos os níveis de educação, e colocou a Uern à disposição do Comitê. “A Uern conta com diversas pesquisas e ações na área ambiental, desenvolvidas em todas as regiões do Rio Grande do Norte, que estão à disposição do desenvolvimento do nosso município e do nosso estado”, afirmou a reitora.
Dentre as propostas apresentada, estão a criação de legislação para um planejamento urbano sustentável; arborização e requalificação urbana; criação da Semana Municipal de Educação Ambiental; desenvolvimento de projetos de educação ambiental nas escolas e universidades; empenho em ações sociais e comunitárias, bem como ações estratégicas nas comunidades rurais; mobilização das universidades e centros de pesquisa; atuação das igrejas e comunidades eclesiais; parcerias com empresas privadas para adoção de praças e canteiros; e ação conjunta do poder público com arquitetos e engenheiros civis.
O encontro marca o início de uma caminhada conjunta para refletir, planejar e implementar ações concretas em favor do meio ambiente, inspiradas nos princípios da Encíclica Laudato Si’, na qual o Papa Francisco afirma: Tudo está relacionado, e todos nós, seres humanos, caminhamos juntos como irmãos e irmãs numa peregrinação maravilhosa, entrelaçados pelo amor que Deus tem a cada uma das suas criaturas e que nos une também, com terna afeição, ao irmão sol, à irmã lua, ao irmão rio e à mãe terra. (Laudato Si’, 92). “É muito nobre assumir o dever de cuidar da criação com pequenas ações diárias, e é maravilhoso que a educação seja capaz de motivar para elas até dar forma a um estilo de vida” (Laudato Si’, 211), assim enfatiza o Papa.
