A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) e instituições parceiras estão iniciando um trabalho de monitoramento climático no entorno do Parque Nacional da Furna Feia, área entre Mossoró e Baraúna com mais de 200 cavernas catalogadas. Uma das primeiras ações foi realizada hoje, 26, com a instalação de mais de 20 pluviômetros em pontos diversos e a realização de uma oficina com os moradores das comunidades vizinhas.
Além do estudo climático, o objetivo dos pesquisadores é envolver os moradores do entorno do Parque na observação do comportamento climático, buscando identificar que elementos da natureza podem sinalizar períodos bons ou ruins de chuva, os impactos das mudanças climáticas na região ao longo dos anos, entre outros indicativos.
“Essas pessoas não vão só coletar os dados, não é só anotar a informação, mas é olhar o ambiente, coisa que eles já fazem isso, mas agora a gente vai fazer isso de forma sistematizada, anotando e registrando essas informações. Nós trabalhamos nessa perspectiva do monitoramento climático e da etinoclimatologia buscando entender as dinâmicas do semiárido e buscando identificar impactos das mudanças climáticas no nosso local”, explicou a professora Ms. Ana Luiza Bezerra, coordenadora do estudo “Etnoclimatologia e monitoramento climático no Semiárido Potiguar: análise climática no entorno do Parque Nacional da Furna Feia”.
Os encontros como o de hoje serão periódicos, assim como as coletas das informações in loco.
O estudo é uma iniciativa do Laboratório de Geografia Física do Campus Avançado de Assú, do grupo Ambiente e Sociedade/linha de pesquisa do Laboratório de Climatologia Geográfica (CLIMAGEO).
A oficina de hoje foi realizada no Parque em parceria com a Prefeitura de Baraúna, com o projeto Furna Feia, com o SOS Sertões, com o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio)/NGI Mossoró e a Emater de Baraúnas. A capacitação faz parte das atividades do projeto Turismo de Base Comunitária do ICMbio/NGI Mossoró.
