Como os litorais estão sendo ocupados, como a fauna e a flora e os oceanos estão sendo impactados, erosão, mudanças climáticas e quais as consequências disso tudo para animais e seres humanos, são algumas das questões que começaram a ser discutidas no II Simpósio de Gestão de Praias do Litoral Setentrional do Rio Grande do Norte e I Simpósio de Gestão de Praias do Nordeste, realizado pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) de hoje, 08, até o próximo domingo, 10.
“Desafios para a gestão e monitoramento do Litoral Setentrional e Margem Equatorial do Brasil” é o tema do evento organizado pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGEO), por meio do Laboratório de Estudos Costeiros e Áreas Protegidas (Lecap), e pelo Departamento de Gestão Ambiental.
Para a reitora Cicília Maia, os eventos refletem o compromisso da Uern com a Agenda 2030, com a preservação ambiental e a promoção de diálogos essenciais para o desenvolvimento sustentável de nossas áreas litorâneas.
“O tema nos convoca a refletir sobre o futuro desses territórios e buscar soluções conjuntas, envolvendo a academia, profissionais da área e as próprias comunidades locais”, disse na solenidade de abertura agora há pouco.
O litoral setentrional do Rio Grande do Norte é composto pelos municípios de Tibau, Grossos, Areia Branca, Porto do Mangue, Macau, Guamaré, Galinhos, Caiçara do Norte, São Bento do Norte, Pedra Grande, São Miguel do Gostoso e Touros.
“A gente tem uma região muito grande, economicamente muito pujante, tem salinas, tem carcinicultura, tem petróleo em terra, tem petróleo em mar, tem um monte de coisa, casas também como um, vamos dizer assim, como seu valor econômico, a ser explorado pelo turismo”, exemplificou o coordenador do evento, professor Dr. Rodrigo Guimarães de Carvalho.
Na primeira palestra do dia, o professor titular Dr. Edson Vicente Silva, mais conhecido como Cacau, da Universidade Federal do Ceará (UFC), tratou da “Gestão e monitoramento ambiental do litoral setentrional do Brasil”.
“A gente tem trabalhado muito, buscado metodologias integrativas, interdisciplinares, para que a gente possa compreender como a gente pode trabalhar esse litoral e evitar os grandes prejuízos socioambientais que ocorreram no litoral oriental, principalmente nas áreas mais densamente ocupadas, como aconteceu no litoral da Bahia, do Rio de Janeiro, de São Paulo, de Recife”, citou.
Programação
09h30 – “Gestão e monitoramento ambiental do litoral setentrional do Brasil” – Palestrante: professor titular Dr. Edson Vicente Silva – docente da Universidade Federal do Ceará
10h30 – “A gestão de praias e os desafios do litoral setentrional e margem equatorial do Brasil” – Palestrante: professor Dr. Leonardo Silva Soares – vice-reitor da Universidade Federal do Maranhão
11h00 – Debate
12h30 – Intervalo – Almoço
13h30 – “As praias no contexto das unidades de conservação do Rio Grande do Norte” – Palestrante: professor Dr. Ilton Araújo Soares – coordenador do Núcleo de Unidades de Conservação – Idema
14h00 – “Pesquisas nas praias do litoral setentrional do Rio Grande do Norte” – Palestrante: Maykon Targino da Silva
14h30 – “Participação social na gestão de áreas litorâneas” – Palestrante: professora Dra. Paula Verônica Campos Jorge Santos – docente da Universidade Federal do Maranhão
15h00 – Debate
15h30 – “Monitoramento de praias do litoral setentrional do Rio Grande do Norte: ação do PMP e PCCB” – Palestrante: professora Dra. Ana Bernadete Lima Fragoso – docente da Uern
Externo
Nos dias 9 e 10 de novembro, ocorrerá uma visita técnica à Reserva de Desenvolvimento Sustentável Estadual Ponta do Tubarão, numa área que compreende os municípios de Macau e Guamaré.
No domingo, haverá uma roda de conversa envolvendo as doutorandas do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (Prodema) da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), Erica Louise e Giovanna Wanderley, juntamente com os palestrantes e lideranças comunitárias.
O encerramento das atividades será na manhã do dia 10, no Rancho Amagoa, em Diogo Lopes.
