Nesta quarta-feira, 29, encerrando a programação do Mês da Consciência Negra, a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) realizou o Seminário de Ações Afirmativas na Uern – Conferência: As Ações Afirmativas no Brasil, com o professor Otto Vinicius, da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).
Com transmissão pelo canal oficial da Uern no YouTube, o evento teve mediação da professora Eliane Anselmo, titular da Diretoria de Ações Afirmativas e Diversidade (Diaad).
A reitora Cicília Maia proferiu fala de boas-vindas aos participantes, especialmente ao professor Otto e à Diaad. “Para nós, esse tema é bastante pertinente, em todos os nossos cursos. Temos feito todo um esforço para trazer essa discussão ampla para toda a nossa comunidade. Ao longo de todo o mês [da Consciência Negra], nós promovemos atividades e discussões em todos os campi da nossa Universidade. Evidenciamos que esta é uma pauta permanente e ainda temos muito a construir e a discutir na política de ações afirmativas, principalmente buscando a promoção da igualdade racial”, disse.
“Fizemos um ano da nossa Diaad e, dentro das programações e dentro das ações da diretoria, vamos estar realizando em todos os campi da Universidade um conjunto de ações descentralizadas presenciais sobre as ações afirmativas. Para abrir esse conjunto de atividades, pensamos nessa conferência e convidamos, e estamos muito honrados com o aceite, o professor Otto”, explicou a professora Eliane. Além disso, apresentou o currículo do convidado.
De acordo com o professor Otto, as universidades têm, cada vez mais, assumido o compromisso com o combate à desigualdade racial, ampliando suas ações nesse sentido. Sobre as ações afirmativas, que inclui, além da população negra, outros grupos vulnerabilizados, explicou que “é um debate que chega muito tardio no Brasil, principalmente do ponto de vista das ações”. “Na Índia, por exemplo, existe desde a década de 1950. Nos Estados Unidos, começou na década de 1960. Na França, na Malásia e em vários outros países do mundo, na segunda metade do século XX, essas ações afirmativas já eram realidade”.
Ampla, a programação do Mês da Consciência Negra na Uern contou com de rodas de conversas, salas de leitura, oficinas de turbante e dança afro, dentre outros eventos.