Foi aberta na noite desta terça-feira, 23, no Teatro Lauro Monte Filho a IV Semana Jurídica da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), que vai até a próxima sexta-feira, 26.
A Semana Jurídica é organizada pelo Centro Acadêmico Rui Barbosa, do curso de Direito da UERN. “Nosso evento eu já posso dizer que é tradicional. É um evento que vem crescendo. O nosso intuito é exceder os limites da sala de aula e ajudar a formar profissionais do futuro com temas que inovem trazendo palestrantes de fora. Já considero o evento um sucesso”, afirmou Gabriela Farias, presidente do CA.
O professor Marcos Araújo, integrante da Comissão Científica da Semana Jurídica, elogia o desempenho dos alunos na organização do evento. “Com muita boa vontade os alunos se dedicaram e organizaram o evento. O mérito é todo deles. Estamos discutindo temáticas atualizadíssimas sobre direitos culturais e ressuscitado o convívio com intelectuais, com as experiências e a universidade está em festa”, avaliou.
O palestrante da abertura foi o professor Humberto Cunha da Universidade de Fortaleza (Unifor) que abordou o tema “Direitos Culturais como Direitos Fundamentais no Ordenamento Jurídico Brasileiro”.
“O direito é importante em todos os aspectos. Onde tem dois seres humanos, tem direito. É importante que tomemos consciência disso. O Brasil é um dos países que mais forma bacharéis em direito no mundo. Os direitos culturais relacionados as artes, memórias e fluxos de saberes são coisas muito importantes por aspectos financeiros econômicos e sociais e, sobretudo, pelo aspecto da identidade cultural”, analisou.
A diretora da Faculdade de Direito da UERN, Inessa Linhares, destacou o protagonismo dos alunos. “É com muita felicidade que a gente faz a primeira Semana Jurídica de forma presencial depois da pandemia. É um evento com protagonismo discente e é com muito prazer que a gente está aqui colaborando”, acrescentou.
O vice-reitor Francisco Dantas destacou a importância de relacionar cultura e direito. “É um evento necessário para os dias atuais porque traz o multiculturalismo e o direito. São questões extremamente atuais. Quando a gente pensa numa sociedade que abraça o multiculturalismo a gente pensa numa sociedade que é antirracista, antimachista e antifascista e quando a gente olha para trás pena no 8 de janeiro, que não tem como relativizar, na tragédia nos Yanomamis e no recente caso de racismo contra o jogador Vini Junior. Tudo isso faz a gente pensar numa sociedade multicultural”, avaliou.
A Semana Jurídica segue até sexta-feira com palestras sobre multiculturalismo, democracia e questões de gênero.
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