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Sala Lilás oferecerá atendimento humanizado e especializado para vítimas de violência

Propiciar um espaço acolhedor, de orientação, com atendimento humanizado e especializado a vítimas de violência. Com essa proposta, foi inaugurada nesta quarta-feira, 29, a Sala Lilás Profª. Roberta Cláudia Bezerra Soares, no Hospital da Mulher Parteira Maria Correia, administrado pela Secretaria de Saúde Pública (Sesap) e com gestão acadêmica da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern).

A Sala Lilás é um espaço exclusivo e diferenciado, que oferece atendimento prioritário, com assistência médica, psicológica e social, a mulheres de todas as idades em situação de violência. Os atendimentos também se estendem para a população LGBTQIA+ e meninos e adolescentes de até 18 anos.

A solenidade de inauguração ocorreu no Hospital da Mulher, e contou com a presença de representantes da Uern, da gestão do Hospital, do Governo do Estado, das Redes de Atenção à Saúde e Linhas de Cuidado às Vítimas de violência, do poder Legislativo e de entidades da sociedade civil organizada, além de familiares da professora Roberta Cláudia.

Para a Secretária Estadual de Mulheres, Juventude, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Olga Aguiar, que representou a Governadora do Estado, Fátima Bezerra, é uma satisfação inaugurar este serviço, que vai atender pessoas de 63 municípios da região, além de prestar uma merecida homenagem a professora Roberta Cláudia.

“A luta da professora Roberta Cláudia está sendo representada com essa sala de acolhimento e respeito a pessoas vítimas de violência. A despeito de todas as ações que vêm sendo desenvolvidas pelo Governo para prevenir esse tipo de situação, os números de casos de violência doméstica têm aumentado. Precisamos mudar essa realidade. Também é preciso oferecer um atendimento especializado e de referência para as vítimas deste tipo de violência, evitando a revitimização”, declara.

Conforme a subcoordenadora de Rede de Atenção à saúde e Linhas de Cuidado, Samara Pereira, que representou a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap), a Sala Lilás é um ato concreto no governo para as ações de proteção às vítimas de violência. “É um espaço acolhedor, de respeito, com atendimento de excelência, que se junta à rede de proteção da pessoa contra a violência”, frisa.

Em um discurso emocionado, a reitoria da Uern, Cília Maia, destacou que a Sala Lilás representa mais um espaço no Hospital da Mulher que vai oferecer um serviço especializado, de qualidade e referência na região. “Esse equipamento vai transformar a forma de acolhimento das mulheres em situação de violência, em especial daquelas em situação de vulnerabilidade”.

Cicília Maia relembrou a história da professora Roberta Cláudia, que era militante da causa e foi vítima fatal de violência doméstica. “É muito triste pensar que 20 anos após o episódio de violência doméstica, que ocorreu com Roberta Cláudia, esse tipo de crime aconteça com cada vez mais frequência. Essa justa homenagem é uma forma de orientar, educar e conscientizar a população de que o combate à violência é responsabilidade de toda a sociedade. A luta tem que ser de todos”, declara.

A Diretora Hospital da Mulher, Elimar da Costa Bezerra, ressalta que este é um momento muito importante. “A Sala Lilás faz parte de uma rede de proteção a vítimas de violência. Hoje inauguramos um espaço acolhedor e humanizado, que vem a somar na luta contra a violência”, diz.

Além do atendimento especializado, o espaço contará com a realização de ações educativas, de prevenção e de capacitação para a população em geral e para os profissionais de saúde e assistência social, visando conscientizar sobre a importância da denúncia e do enfrentamento à violência contra uma mulher.

Homenagem

A escolha do nome para a Sala Lilás é em memória da professora da Uern Roberta Cláudia, que foi assassinada pelo ex-marido Joab Antônio da Silva, na madrugada de 24 de outubro de 2003. Após ser espancada, então grávida de 5 meses, ela foi atirada do terceiro andar do apartamento onde o casal morava.

Maria Clara Soares Silva, filha da professora Roberta Cláudia, agradeceu a homenagem. “ Eu presenciei, de certa forma, a violência contra a minha mãe. Acredito que essa homenagem vai manter a história dela viva, lembrar o que ela passou e espero que isso evite que outras pessoas passem por essa situação”.

Paulo Roberto Bezerra Soares, irmão da professora, afirma que ao mesmo tempo em que sente a dor e a ausência de Roberta Cláudia, vê como uma honra a homenagem a sua irmã. “Quero agradecer imensamente pela homenagem, é justo, ela merecia”, disse, emocionado.

Veja as fotos da solenidade de inauguração neste link.

 

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