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Projeto da Uern que lida com Doença de Parkinson realizará novo encontro

Desde março de 2016, o Grupo de Apoio Interativo aos Portadores de Parkinson (GAIPP) da Faculdade de Ciências da Saúde (Facs) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), desenvolve ações para melhorar a qualidade de vida de pacientes com Doença de Parkinson e instruir seus(uas) cuidadores(as).

A atividade de extensão acontece sempre no terceiro sábado de cada mês. No dia 20, a partir das 15h, haverá mais um encontro no Hospital da Polícia Militar, em Mossoró, para abordar, entre outros, o Dia Mundial da Conscientização da Doença de Parkinson, celebrado hoje, 11.

O conjunto de atividades incluem exercícios mentais e físicos, reuniões, palestras e rodas de conversas, com o envolvimento de 20 estudantes de curso de Medicina.

É também objetivo da iniciativa aumentar a socialização dos pacientes através de ações como rodas de conversa com o auxílio de profissionais de vários campos da saúde, convidados pelo grupo, para repassar seus conhecimentos e responder quaisquer dúvidas envolvidas.

A professora Dra. Allyssandra Maria Lima Rodrigues Maia, coordenadora geral do projeto e diretora da Facs, conta que o público atendido está em constante crescimento.

“É um tema bastante interessante, porque é uma comorbidade que pode acontecer com qualquer pessoa e a gente sabe que para esses portadores vão precisar desse apoio”, comenta.

Aluno do 4º período do curso de Medicina, Gabriel Banhatto destaca que participar do Gaipp tem sido uma experiência ímpar na sua formação acadêmica e pessoal, pois é um momento em que pode ouvir experiências e se aproximar do outro lado naquilo que vivenciará na futura profissão: uma relação médico-paciente.

“Com os encontros mensais, o grupo é um verdadeiro afago para os Parkinsonianos e também para os estudantes. Nós pulamos carnaval, fizemos uma oficina de pintura, sempre buscando fugir da monotonia e, o principal, ao meu ver, trazer uma qualidade de vida para essa população. Você ter um espaço seguro para se abrir e ser acolhido e, concomitantemente, realizar atividades triviais, que é algo positivo para o corpo e para a mente, bem como fortalecer os laços interpessoais”, ressalta o estudante.

Contato

Parkinsonianos(as) e cuidadores(as) interessados em participar das atividades pode enviar mensagem para o telefone (84) 99922-2424. Mais informações podem ser obtidas através do perfil @gaipp.uern no Instagram.

Parkinson

É uma doença degenerativa do sistema nervoso central, crônica e progressiva. É causada por uma diminuição intensa da produção de dopamina, que é um neurotransmissor – substância química que ajuda na transmissão de mensagens entre as células nervosas.

A dopamina ajuda na realização dos movimentos voluntários do corpo de forma automática, ou seja, não precisamos pensar em cada movimento que nossos músculos realizam, graças à presença dessa substância em nossos cérebros. Na falta dela, particularmente numa pequena região encefálica chamada substância negra, o controle motor do indivíduo é perdido, ocasionando sinais e sintomas característicos.

Com o envelhecimento, todos os indivíduos saudáveis apresentam morte progressiva das células nervosas que produzem dopamina. Algumas pessoas, entretanto, perdem essas células (e consequentemente diminuem muito mais seus níveis de dopamina) num ritmo muito acelerado e, assim, acabam por manifestar os sintomas da doença.

Não se sabe exatamente quais os motivos que levam a essa perda progressiva e exagerada de células nervosas (degeneração), muito embora o empenho de estudiosos deste assunto seja muito grande. É possível que mais de um fator esteja envolvido no desencadeamento da doença, podendo ter origem genética ou ambiental.

Os principais sintomas da doença de Parkinson são a lentidão motora (bradicinesia), a rigidez entre as articulações do punho, cotovelo, ombro, coxa e tornozelo, os tremores de repouso notadamente nos membros superiores e geralmente predominantes em um lado do corpo quando comparado com o outro e, finalmente, o desequilíbrio. Estes são os chamados “sintomas motores” da doença, mas podem ocorrer também “sintomas não-motores” como diminuição do olfato, alterações intestinais e do sono.

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