A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), por meio do Projeto Cetáceos da Costa Branca (PCCB-UERN) e a Fundação para o Desenvolvimento da Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado do Rio Grande do Norte (Funcitern), realizou nesta quinta-feira, 14, a soltura do peixe-boi-marinho Zé Grande. O momento foi transmitido ao vivo através do Google Meet.
Antes da soltura, houve a apresentação de um cordel do peixe-boi e do grupo Manguesarte. O evento teve ainda as premiações do concurso de redação e pintura em aquarela da E. M. Alferes Cassiano e do amigos do peixe-boi.
“É um momento muito importante, porque, por meio do Projeto Cetáceos, executando o convênio entre a Petrobras, a Uern e a Funcitern, conseguimos soltar o terceiro animal em um tempo muito rápido, na natureza, ampliando as ações de pesquisa e conservação do peixe boi-marinho no Brasil. Então, estamos muito felizes nesse momento, por ter conseguido realizar a soltura, com sucesso, de Zé. Agora é continuar monitorando, pelos próximos dois anos, a presença do animal aqui na região”, disse professor Flávio Lima, coordenador do PCCB-Uern.
Há 25 anos, o projeto Cetáceos da Costa Branca realiza o trabalho de monitoramento, proteção e educação ambiental por meio do Projeto de Monitoramento de Praias do Litoral dos estados do Rio Grande no Norte e Ceará (PMP-BP), estruturado pela Petrobras.
O peixe-boi-marinho é um dos mamíferos aquáticos com maior risco de ameaça de extinção no Brasil. No passado foi vítima da caça, e hoje sofre com diversas ameaças, como a perda de habitat pela destruição de áreas protegidas, ingestão de lixo e colisão com embarcação. Esses fatores podem ocasionar a separação da mãe e filhote de peixe-boi, resultando no encalhe de animais recém-nascidos.
O resgate, reabilitação, estabilização, soltura e monitoramento de peixes-boi marinhos são ações desenvolvidas no âmbito Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia Potiguar (PMP-BP), como condicionante do licenciamento ambiental federal exigida pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), para a realização de atividades de exploração, produção e escoamento de petróleo e gás executadas pela Petrobras na região.
Em maio, a primeira soltura do litoral do Rio Grande do Norte, do peixe-boi Gabriel, ocorreu também via Projeto Cetáceos.