Professoras do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social e Direitos Sociais (PPGSSDS), da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), tiveram projetos aprovados na Chamada Universal do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A Chamada é uma das mais tradicionais do CNPq, apoiando projetos de pesquisa científica, tecnológica e de inovação em qualquer área do conhecimento.
Foram aprovados os projetos de pesquisa “Mapeamento das Políticas Públicas de Prevenção e Combate às Violências Contra Mulheres no Estado do Rio Grande do Norte Pós Lei Maria da Penha” e “Todas as Ruas têm Nome de Homens?: uma análise da construção sócio-histórica e econômica do patriarcado e do racismo na formação colonial brasileira”. Os projetos são coordenados, respectivamente, pelas professoras doutoras Fernanda Marques de Queiroz e Mirla Cisne Álvaro.
O projeto da professora Fernanda Marques busca fazer um mapeamento analítico das políticas públicas de prevenção e combate à violência contra a mulher no Estado do RN nas áreas de saúde, assistência social, policial e judiciária. O estudo é desenvolvido por uma equipe formada por uma aluna da graduação de Serviço Social, assistentes sociais do Tribunal de Justiça e a professora do curso de Serviço Social da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Dra. Ilidiana Diniz, que também é professora colaboradora do PPGSSDS.
Fernanda Marques enfatiza a importância da aprovação do projeto. “Este é um dos editais mais importantes do País. É de extrema relevância termos uma pesquisa pautada no feminismo, na igualdade de gênero em tempos de conservadorismo e retrocesso social. Em um estado que tem altíssimos índices de violência contra a mulher, conhecer quais os serviços de prevenção às mais diversas formas de violência é muito importante. Essa aprovação é uma grande vitória para a Faculdade de Serviço Social. Estou muito feliz com essa conquista”, declara.
Já o trabalho da professora Mirla Cisne faz uma análise da construção sócio-histórica e econômica do patriarcado e do racismo na formação colonial brasileira. Mirla Cisne considera uma conquista importante diante do avanço do conservadorismo que impacta, em particular, a vida das mulheres. “Pesquisar a raiz patriarcal no Brasil nos ajuda a compreender criticamente as determinações históricas das desigualdades entre homens e mulheres e dos desafios políticos diante da conjuntura ultraconservadora que temos enfrentado”, diz.
As pesquisadoras fazem parte do Núcleo de Estudos sobre a Mulher “Simone de Beauvoir” (NEM) e do Grupo de Estudo de Relações de Gênero e Feminismo.
A professora Fernanda Marques aprovou seu Projeto na Faixa B (até R$ 50 mil) e a professora Mirla Cisne aprovou seu Projeto na Faixa C (até R$ 120 mil).