Filho de um queijeiro e de uma agricultora, da regão Seridó do Estado, o professor Raimundo Braz dos Santos nunca imaginou que um dia pudesse ensinar em uma universidade e mais, ainda, ser homenageado pela instituição. “Não tinha pretensão de me tornar professor universitário e cheguei à UERN graças ao professor Raimundo Filgueira, a quem pedi para assistir a homenagem que me será feita na assembleia dos 47 anos da Universidade”, afirma emocionado.
Homenageado como professor emérito, ele considera que o titulo vai coroar seus 30 anos de docência na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, uma convivência longa de muitas conquistas e desafios, na Faculdade de Ciências Exatas e Naturais (FANAT), Departamento de Matemática. “Comecei como professor da Escola Estadual “Professor Abel Coelho” e depois foi que passei a ensinar na Universidade, em uma época em que poucas pessoas queriam trabalhar na instituição”, completa.
Para o professor, apesar de todo esse tempo em sala de aula, ele ainda é tímido, condição que é confirmada pela forma comedida com que fala de sua carreira. “Estava apreensivo que não pudesse receber o título hoje por causa da greve”, revela, elogiando o entendimento dos segmentos em participar da assembleia que marca o aniversário de 47 anos da uern.
A UERN, na opinião do professor, deve ser vista como um valoroso patrimônio do Rio Grande do Norte. ” A Uern foi muito importante na minha vida”, declara, fazendo referência à instituição como fonte que garantiu o sustento de sua família e também de conhecimento para ele e uma filha que é formada em Pedagogia. Assim, como para sua família, a UERN também tem presença significativa na de milhares de norte-riograndenses.
Braz faz parte da diretoria da Associação dos Docentes (ADUERN) como representante dos aposentados.