O Programa de Bolsas de Iniciação a Docência da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (PIBID/UERN) realizou mais uma formação nesta quarta-feira, desta vez abordando a gestão democrática na educação.
A abertura do evento foi realizada pela reitora Cicília Maia. “Esses momentos formativos são muito importantes e devem chegar a toda a comunidade. É um momento de reencontro e aprendizado coletivo desse programa de formação de professores comprometidos com a educação de qualidade”, disse ao saudar a iniciativa.
“Nós temos o maior orgulho de ser a instituição que mais forma professores em nosso Estado. Isso nos inspira”, complementou.
Cicília ainda destacou a importância do tema. “A gestão democrática é também um exercício de cidadania porque ela nos convida a pensar a educação como um projeto que se constrói com uma escuta ativa e com o compromisso com o bem comum”, analisou.
A pró-reitora de ensino de graduação Fernanda Abreu elogiou a iniciativa. “A democracia em teorização é relativamente fácil de ser defendida, mas é difícil de ser executada. Os caminhos para que ela possa realmente acontecer nos espaços da educação estão em constante construção, modelamento e remodelamento”, avaliou.
O palestrante da tarde foi o professor Allan Solano Souza, da Faculdade de Educação (FE) da Uern. Ele avalia que a gestão democrática na escola pública está ganhando força no Brasil.
O professor fez uma viagem sobre a luta pela gestão democrática no Brasil a partir da Constituição de 1988 e da Lei de Diretrizes da Educação (LDB) em 1996.
Ele citou ainda os modelos de gestão democrática como o gerencial e o técnico científico.
O professor Allan lembrou que o Plano Nacional da Educação para o período de 2014/2024 previa que estados e municípios implantassem a gestão democrática. “Estamos na eminência do terceiro Plano Nacional de Educação, mas ainda não conseguiu se materializar no plano da lei no âmbito dos sistemas de ensino. Temos 27 redes de ensino e vários entes federados ainda não reconheceram a eleição de diretores como sendo um dos principais motores da gestão democrática”, declarou.
“Não se faz gestão democrática só com eleição de diretores, mas também não se faz somente com conselhos como muitos municípios acham e alguns estados também”, complementou.
