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Parceria da Uern com o IFPB conquista patente de invenção

A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) conquistou mais uma patente de invenção pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), órgão responsável por gerir o sistema brasileiro de concessão de patentes. Desta vez, tendo o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) como cotitular.

De autoria do professor Dr. Harold Ivan Angulo Bustos, do Departamento de Informática da Uern Mossoró, e do analista de Tecnologia da Informação do Campus Sousa do IFPB, Dickson Nascimento Dantas, a patente de invenção é intitulada “Método de estimativa e previsão de movimento em séries temporais de imagens”.

Trata-se de um método para predizer uma imagem de tempo futuro com base em uma série de sequências de imagens obtidas no passado. Usando como exemplo: a previsão do tempo, em que se calcula a probabilidade de chuva em determinadas regiões com base na dinâmica da atmosfera.

Neste caso, os pesquisadores calcularam a imagem de tempo futuro com base na dinâmica das imagens no domínio da frequência espacial. A vantagem dessa técnica é que ela não fica restrita à detecção apenas local do movimento dos objetos na cena, ou seja, o método é sensível e detecta simultaneamente correlações espaço-temporais do movimento de objetos intra e inter quadros da cena em movimento, acontecendo em regiões bem distantes uma da outra.

“Permite modelar simultaneamente rotações, translações, crescimento/decrescimento de regiões. Um dos pontos deste método proposto que permitiu obter a carta patente do Inpi é sua forma diferenciada de agir como filtro preditivo, uma vez que ele estima modelos futuros de previsão de imagens em movimento, contendo dentro da cena objetos se deslocando que mudam no tempo simultaneamente de posição, rotação, translação, intensidade de cor, textura e morfometria dos contornos”, detalhou o professor Harold Bustos.

O método foi aplicado em imagens do campo de velocidades de um reservatório de petróleo da Indonésia disponíveis publicamente, usando dados de Sísmica 4D, que são muito utilizadas na indústria de petróleo para calcular o fator de recuperação de jazidas de petróleo. O aumento deste parâmetro nomeado “fator de recuperação” pode incrementar significativamente o volume de produção de óleo em uma jazida petrolífera.

Também foi aplicada a técnica em imagens sintéticas de objetos e fluidos em movimento, em mapas NDVI de imagens térmicas obtidas por sensoriamento remoto e em tomografias médicas de tumores em crescimento.

De acordo com o professor, o método pode ser aplicado em quaisquer situações onde se tenha uma série temporal de imagens e seu objetivo é obter um modelo computacional realístico de uma imagem em tempo futuro imediatamente posterior à última imagem do histórico da série temporal obtida ou registrada pelo sensor imageador utilizado no processo de imageamento da cena dinâmica.

Ao comentar sobre a importância da patente para as duas instituições envolvidas e para a ciência no geral, Dickson destaca que “as oportunidades para os próximos anos na área de Inteligência Artificial são muito promissoras, visto que boa parte da comunidade científica está se mobilizando e até iniciando uma corrida tecnológica. Então, creio que essa sinergia do IFPB e da Uern foi muito importante para termos resultados de impacto relevante e que possam trazer desdobramentos futuros mais amplos, em diferentes áreas”.

A validade da patente de invenção é de 20 anos.

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