Ariel Rodrigues Freitas subiu ao palco do Teatro Lauro Monte Filho carregando uma bandeira colorida do orgulho LGBTQIA+ e a faixa de Miss Rio Grande do Norte Diversidade, título conquistado recentemente. Além de demonstrar a satisfação de ser quem é na colação de grau de Pedagogia com mais outros 20 colegas na noite de ontem, 19, o formando enalteceu, com orgulho, o papel fundamental que a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) exerceu em sua vida, assim como a educação e cuidado que recebeu da avó Eulina e do avô Francisco José.
“Entrar com todas essas indumentárias carrega as múltiplas identidades que a Uern tem em si por ser uma universidade plural e eu homenagear meus avós é uma homenagem a minha ancestralidade, a quem eu devo total e imensa gratidão. Porque, se eu estou aqui hoje, se eu consegui participar dessa colação de grau, foi graças, primeiramente, a eles e depois vieram os meus pais e todos os meus outros familiares. Então a minha gratidão é a todos eles e também à Uern que proporcionou esse momento incrível de formação”, ressaltou o agora pedagogo.
Em um discurso marcado pela defesa das mulheres, da educação e do esperançar, a paraninfa da turma Celina Guimarães Viana, professora Iasmin da Costa Marinho, da Faculdade de Educação, desejou sucesso aos formandos.
“Sonhem muito e alto na medida que vossos corações desejarem. Vê-los aqui nesta noite me faz acessar o sentimento, o desejo e o sonho de ver essa universidade cada vez mais cheia de diversidade, pintada de povo. Sabemos que o caminho para os filhos da classe trabalhadora é árduo e pedregoso, mas que nunca nos faltem forças para esperançar. Ser educador(a) nesse país requer muita coragem”, destacou.
Parabenizando as falas anteriores de Ariel e Iasmin, saudando Eulina e Francisco José e parabenizando os(as) formandos(as) e seus familiares e amigos que lotaram o teatro, a reitora Cicília Maia se disse orgulhosa de participar de mais um momento marcante na história de tantas pessoas e da própria Uern.
“Não foi fácil o caminho que vocês trilharam e, além disso, enfrentamos algo que nunca imaginamos que é a pandemia. Isso nos obrigou a nos ressignificarmos a cada momento. Somos hoje seres humanos mais fortes. Se ainda estamos aqui é porque nossa missão não acabou”, comentou.
A reitora acrescentou que os formandos saem aptos a exercerem suas profissões porque, além do conhecimento técnico, teórico e científico, obtiveram uma formação proporcionada por uma instituição socialmente referenciada, inclusiva e includente.
“Tenham orgulho do diploma, defendam essa universidade que tanto transformou a vida de vocês e de tantas outras, honrem o nome da Uern. Ficamos aqui de braços abertos se vocês quiseram voltar como servidores, para a pós-graduação ou até outra graduação”, finalizou.