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No encerramento do Abril Indígena reitora recebe pauta de reivindicações

No encerramento do Abril Indígena a reitora da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) Cicília Maia recebeu uma carta dos estudantes com uma pauta de reivindicações para a permanência estudantil.

O documento reúne um conjunto de anseios da comunidade indígena da Uern.

“Estamos aqui vivenciando um momento histórico e significativo relacionado aos povos indígenas, especialmente aqueles que já estão na nossa universidade. Eles tiveram aí dois dias de muita construção, de muito debate e tenho certeza que tudo aquilo que eles estão entregando por meio dessa carta, nós reafirmamos aqui o nosso compromisso, enquanto universidade socialmente referenciada, inclusiva e includente, de atender todos os pontos mediante essa construção junto com eles”, disse a reitora.

“Nós temos hoje a diretoria de ações afirmativas e diversidade, que vai estar ajudando a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte a pautar todos os pontos. E tenho certeza que daqui a um ano teremos ações concretas relacionadas ao dia de hoje”, acrescentou.

A diretora de ações afirmativas e diversidade Eliane Anselmo destacou a apresentação desta carta com uma síntese do foco do Abril Indígena que foi focado na discussão sobre a permanência dos povos originários na Uern.

“A temática do Abril Indígena esse ano foi pensada a partir da demanda dos estudantes, com a temática de acesso permanente aos estudantes. E hoje foi um momento fundamental, foi um momento de escuta dos estudantes indígenas que vieram de várias comunidades do nosso estado. Vieram de João Câmara, Ceará Mirim, de Macaíba, de Assú e de Apodi”, afirmou. “A gente tem estudantes de vários povos indígenas do estado, de várias localidades que estão aqui para discutir com a gente. A gente não pode pensar em propor políticas afirmativas, ações afirmativas para os estudantes, para os povos indígenas, sem escutá-los. Hoje foi esse momento de escuta, de construção coletiva, em diálogo com eles. E esse momento foi muito gratificante escutá-los, de construir juntos e de culminar com essa entrega das propostas para a nossa reitora”, acrescentou.

A indígena egressa do curso de ciências sociais da Uern Eula Gomes de Moraes disse que hoje foi dado um passo importante. “Eu acho que a gente está começando um processo revolucionário, tendo em vista toda a história do estado do Rio Grande do Norte, de entender todo esse histórico de negação, de silenciamento, de injustiça, de violências, que a gente ainda passa, não foi somente no período da invasão, foi em todo esse período, todos esses séculos e ainda é hoje”, comentou. “E aí quando a gente fala, reivindica essas coisas hoje, a gente está tentando barrar um pouco a violência, toda a injustiça que a gente sofre também nesses espaços, que a academia é um espaço ainda muito colonial”, reforçou.

João Paulo Melo, coordenador da Juventude Indígena da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (APOINME) disse que é importante a aproximação com a Uern. “A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte está se aproximando cada vez mais dos povos indígenas, trazendo-os das suas comunidades para dentro do campus e construindo uma carta proposta do que os estudantes indígenas querem. É um momento muito oportuno que a gente pode colocar nossas propostas e reivindicar junto a reitora que estava aqui presente com a gente”, analisou.

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