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Festuern incentiva a arte e oportuniza a descoberta de talentos potiguares

Subir ao palco de um teatro pela primeira vez é uma experiência marcante, e é por meio do Festival de Teatro da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Festuern) que muitos jovens têm essa oportunidade.

São meses de planejamento, esforço, ensaios e muita dedicação até chegar o grande dia do espetáculo. As escolas envolvidas dão o seu melhor, e os alunos se envolvem de corpo e alma em cada apresentação.

Exemplo disso são os estudantes da Escola Municipal Prefeito José Maria, do município de Jandaíra – RN. O grupo de jovens atores, todos estreantes, apresentou na manhã de hoje a peça “O segredo dourado de Jandaíra”, falando da importância do mel e das abelhas.

Vitória Silva, de 13 anos, nunca pensou em fazer teatro, mas foi incentivada por uma amiga e resolveu viver essa experiência. “Acho que estou conseguindo vencer a timidez. Vai ser emocionante estar no palco, acho que vou até chorar”, declarou emocionada.

Já para o estudante Luiz Carlos Silva, o teatro era algo com que ele sonhava e quando chegou a hora, não deixou escapar a oportunidade. “Estou muito feliz porque estou realizando um sonho. Após o Festuern pretendo continuar fazendo teatro, porque é onde me sinto bem”, afirmou.

O aluno Marcelo Sales, aos 13 anos, já pensava em entrar no mundo das artes e foi com o apoio do professor Max Lira que ele resolveu fazer parte desse espetáculo. “Estou ansioso, feliz e com vontade de chorar, porque foi umas das melhores coisas que aconteceu na minha vida”, declarou.

Apesar do nervosismo, sentimento comum para quem vivencia algo totalmente novo, a vontade de fazer arte e encarar desafios prevaleceu também para os estudantes da Escola Municipal Pe. João Penha Filho, do município de Macau – RN. Eles vieram até Mossoró mostrar seu talento através da peça teatral “Plantando vento, colhendo vozes”, que fala dos impactos dos parques eólicos sobre as paisagens e memórias do sertão.

Com apenas 12 anos de idade, Alerrandra Cabral é uma das integrantes do elenco. Ela falou do sentimento em participar do Festuern. “Teve inscrição lá na escola para fazer teatro e eu achei muito interessante e quis participar. Está sendo uma experiência muito boa. Espero que a gente apresente bem, que seja uma apresentação muito bonita”, disse.

Para Jaylton Souza, de 14 anos, essa experiência do Festuern tem trazido grandes aprendizados. “É uma alegria estar fazendo algo grande que consiga agregar em alguma coisa na minha vida. A gente não sabia muito sobre teatro, então aprendemos muito durante os meses de ensaio”.

Ver todo esse empenho dos estudantes é gratificante para o professor Wallacy Braz, diretor da peça “Plantando vento, colhendo vozes”. Ele destaca que o festival é uma oportunidade de descobrir talentos e transformar a vida desses jovens. “Dentro das técnicas teatrais, a gente tem a questão da disciplina, a questão da pontualidade, o respeito. Eu acho que isso, sendo trabalhado da melhor forma possível dentro da escola, só tem benefícios. Quando a escola abre a porta para a arte isso permite grandes modificações para esses alunos”, declarou.

Festuern descobre e forma talentos

Para além de um festival com grandes espetáculos, o Festuern atua como uma ferramenta de formação artística e cidadã, que contribui para a valorização e reconhecimento da arte como um caminho de transformação social.

Ao longo de quase duas décadas, muitas pessoas fizeram parte do festival e tiveram suas vidas transformadas por ele. Foi o caso do ator e músico mossoroense, Igor Fortunato. Com uma vasta experiência no Teatro e no audiovisual, iniciou sua trajetória participando do Festuern como ator, e hoje, na 19ª edição do Festival, ele é um dos jurados.

“O Festuern foi o primeiro lugar onde eu me apresentei artisticamente, no ano 2006, e foi ali que eu percebi que era isso que eu queria fazer pro resto da vida, que era isso que eu queria ter como profissão pra mim”, disse Igor, recordando o início de sua trajetória.

Ele destacou, ainda, a importância da arte na formação de cidadãos. “Eu falo muito que todas as pessoas deveriam ter acesso às artes e à cultura, porque se isso não te faz um profissional, isso te faz um cidadão melhor, um ser humano melhor, mais sensível, mais atento ao outro, mais empático”.

 Ao comentar sobre seu retorno ao Festuern, agora como jurado, Igor Fortunado não escondeu a emoção. “É um reencontro com a minha trajetória, é um reencontro comigo mesmo. Ontem me emocionei muito lembrando do primeiro momento em que eu pisei no palco, como eu estava nervoso naquele dia e como eu fico nervoso agora tendo que julgar os meninos. Estou muito feliz de estar de volta ao Festuern”, afirmou.

Para o pró-reitor de Extensão da Uern, Esdras Marchezan, Igor Fortunato é um grande exemplo do quanto o Festuern pode mudar a realidade dos jovens. “O Festuern realmente é uma semente para quem está na escola pública, para descobrir a arte e, de repente, se desenvolver profissionalmente nesse caminho”, concluiu.

Veja aqui os registros dos espetáculos apresentados na manhã de hoje, 15.

Fotos: Fernanda Stephanie

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