No sábado, 7, o ginásio da Faculdade de Educação Física (Faef) foi palco de mais uma edição do Festival Paralímpico Loterias Caixa, um evento que alia esporte e inclusão em uma experiência especial. Voltado para crianças e adolescentes de 7 a 17 anos, o festival reuniu participantes das 9h às 11h30, oferecendo diversas modalidades esportivas adaptadas e lúdicas tanto para jovens com deficiência quanto para aqueles sem deficiência.
Organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), o evento aconteceu simultaneamente em 162 cidades do país. Em Mossoró, a expectativa foi alcançada, promovendo a integração e o aprendizado através do esporte inclusivo.
A professora Maria Irany Knackfuss, coordenadora institucional do Centro Paralímpico da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), enfatizou o caráter inclusivo da iniciativa. Ela destacou que o evento contempla deficiências físicas, intelectuais, visuais e auditivas.
Segundo Maria Irany, o festival também é uma oportunidade para identificar talentos esportivos. A Uern, que abriga um desses centros, oferece projetos gratuitos em modalidades como natação, halterofilismo e futebol de cegos.
O evento contou com o apoio de professores e alunos do curso de Educação Física da Uern, bem como voluntários de outras áreas.
A professora Ana Lúcia, titular da Diretoria de Ações e Políticas Inclusivas (Dain), destacou a relevância do evento. “A importância do evento é pública, fundamental, porque a saúde física e a saúde da mente estão muito ligadas e engajadas nas atividades físicas e esportivas. Isso é um caminho para a saúde física e mental, que reflete em outras dimensões sociais para a pessoa com deficiência”, afirmou. Segundo ela, apesar de o Brasil contar com 39 centros paralímpicos, ainda há lacunas em estrutura e formação de profissionais para atender às necessidades dessas pessoas.
Ana Paula, mãe de Érik Giovanni, de 11 anos, também compartilhou sua perspectiva sobre a iniciativa. “Eu acho muito importante porque tem alguma coisa assim para ele fazer. Por mais que ele não interaja muito, os meninos ficam chamando ele. Pelo menos ele já está saindo de casa e tem uma atividade para fazer, para não ficar só no celular, em casa”, relatou.
Maria Irany agradeceu o empenho de todos os envolvidos. “A presença e dedicação de cada pessoa foram essenciais para o sucesso do evento”, disse.
Com uma programação que uniu esporte, solidariedade e inclusão, o Festival Paralímpico Loterias Caixa reafirmou o compromisso da Uern com a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva. O evento demonstrou o poder transformador do esporte na vida de crianças e adolescentes, independentemente de suas limitações, e consolidou a universidade como um polo de referência para a prática esportiva inclusiva no Brasil.
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