A egressa do curso de Comunicação Social – Jornalismo, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), Ana Karla Farias, está dirigindo um documentário sobre a educadora, política e jornalista caicoense Júlia Medeiros. A película teve seu primeiro teaser divulgado nas redes sociais e deverá ser lançado em breve.
O documentário chama-se “A flor teimosa da algaroba” e vai contar a história de Júlia Medeiros, uma mulher à frente do seu tempo. Júlia Medeiros teve uma trajetória de pioneirismo, sendo uma das primeiras eleitoras do país, foi sufragista, nas décadas de 30 e 40, lutou pelos direitos políticos das mulheres, lutou pelo direito das mulheres à educação, integrou o Jornal das Moças, numa época em que a imprensa era majoritariamente masculina, foi vereadora por dois mandatos consecutivos e educadora, implantado o modelo pedagógico do teórico Pestalozzi, que defendia levar o afeto para as salas de aula.
A equipe do documentário é composta por duas diretoras, Ana Karla Farias e Fátima Cabral, os produtores executivos, Dênia Cruz e Tobias Nevesilva, o diretor de fotografia Davi Revoredo e a editora Jaya Lupe. “Fomos contemplados pelo edital da Lei Aldir Blanc na modalidade pesquisa e desenvolvimento de roteiro para realizar um longa e conseguimos uma coprodução com o cineasta argentino Ciro Novelli”, revela Farias.
O projeto prevê a produção de um curta e de um longa-metragem sobre a vida da caiocoense. Ela ressalta que o recurso advindo do financiamento do edital será aplicado somente para a pré-produção (pesquisa e desenvolvimento do roteiro).
“Precisaremos de financiamento e patrocínio para as etapas seguintes de produção e pós-produção, sobretudo no que tange a deslocamentos e hospedagens. Já fica o convite para quem tiver interesse em patrocinar o projeto que tem uma história potente, e iremos incluir nas leis de incentivo”, revela.
A produção tem o intuito de contar a história de uma mulher forte e de suma importância para a cultura do Seridó. “A ideia é resgatarmos a vida e legado de Júlia Medeiros que como a maioria das mulheres que romperam regras do patriarcado, ficou invisibilizada e nas entrelinhas da história canônica”, finaliza Ana Karla Farias.