O professor Marco Aurélio Freire, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Saúde e Sociedade da Faculdade de Ciências da Saúde (FACS), é o primeiro autor do estudo “Non-visual exploration of novel objects increases the levels of plasticity factors in the rat primary visual cortex”, publicado recentemente no PeerJ, um dos periódicos mais respeitados do mundo em pesquisas multidisciplinares.
O PeerJ é uma das plataformas de acesso aberto mais importantes, contando com corpo editorial rígido e um processo bastante transparente de avaliação. Trata-se de uma revista muito competitiva e que, por seu caráter aberto, garante alta visibilidade e disseminação aos trabalhos publicados.
“O modo como o cérebro é entendido tem se modificado sobremaneira, com alguns paradigmas sendo desconstruídos. Trabalhos recentes indicam que diversas regiões trabalham em simultâneo na caracterização de uma resposta que emerge a partir de estímulos específicos ou não. Nesse sentido, o estudo visou avaliar como os padrões de resposta celular no sistema visual respondem a um estímulo táctil enquanto o animal permanece em ambiente desprovido de luz. Nossos achados indicam que a área visual, teoricamente silente por conta da ausência de um estímulo específico (luz, no caso), responde à estimulação táctil, sugerindo que mesmo em um ambiente escuro há o envolvimento de neurônios no córtex visual no processamento não visual, através de ativação de cascatas moleculares associadas à ativação de genes específicos”.
“Poder ter a oportunidade de publicar trabalhos em periódicos do porte do PeerJ é importante para os programas de pós-graduação da UERN, reforçando seu caráter de geradora de conhecimento qualificado, trazendo a perspectiva de um novo patamar no tocante à divulgação dos achados. Além disso, trabalhos em rede permitem um somatório de forças que geram possibilidade de produções de maior calibre”, afirma o professor Marco.
O professor Marco divide a primeira autoria do trabalho com a professora Cátia Mendes Pereira, atualmente em Barcelona/Espanha, contando também com a participação do professor José Ronaldo Santos, da Universidade Federal de Sergipe (UFS), com quem o professor Marco mantém colaboração ativa, e também pesquisadores das Universidades Federais do Pará (UFPA) e do Rio Grande do Norte (UFRN).