A transferência do Conservatório de Música D’alva Stella Nogueira Freire do centro da cidade, onde funcionava há 25 anos, para o Campus Central da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) não foi apenas uma mudança física. O Conservatório passa a se integrar ao Curso de Música e com melhores condições de funcionamento.
“Até a paisagem sonora do curso mudou”, diz o Chefe do Departamento de Artes, Gian Mendes, destacando que a ida do conservatório integrará a prática de ensino e o ambiente musical. Já o diretor do Conservatório, Hallyson Dantas Pereira, considerou a mudança de endereço um avanço na qualidade dos cursos ofertados aos mais de 400 alunos. “É uma vida acadêmica”, conceituou, acrescentando que já está sendo feita uma reestruturação na carga horária dos professores e que aumentam as possibilidades de maior oferta de vagas, uma vez que o número de salas mais que dobrou. Ao invés das 7 que funcionavam no casarão do centro da cidade, no Campus Central são 15, com mais espaço e melhores acomodações.
A expectativa de crescimento do Conservatório é compartilhada com os alunos. Sem antes ter tido oportunidade de convivência com alunos do curso de música, Eduardo Dylon, 10 anos, acha que as chances de se tornar um bom músico aumentaram. “Faz dois anos que estudo aqui. Sou aluno de guitarra e também toco flauta e baixo”, afirma, planejando ser um bom músico e professor, sonho que um dia foi do avô, o agricultor Francisco Cesário da Silva, 60 anos. “Tive muita vontade de aprender a tocar qualquer instrumento musical, mas vivia na roça e não tive condições”, diz emocionado ao ver Dylon animado por frequentar a universidade ainda pequeno. “Ficou um pouco mais longe, mas não tem problema, o importante é meu neto aprender, ainda mais numa universidade”.
Para o reitor Pedro Fernandes, a sintonia entre a graduação de Música e o Conservatório D’Alva Stella Nogueira Freire desenvolverá o Campus Central. Para ele, tanto os alunos de Formação Musical vão se sentir estimulados a cursar a graduação, quanto os estudantes de todos os cursos podem ser atraídos para a prática da música. “A graduação pode ser além de uma sala de aula e o Conservatório uma ponte para aproximar a sociedade cada vez mais da academia”, completa o reitor.
Segundo Pedro Fernandes, com a ida do Conservatório de Música para o Campus, já são 06 contratos de aluguel a menos, em 17 meses de gestão, assegurando os serviços.
Matéria: Aglair Abreu