Texto: Iasmin Cardoso – Estagiária de Jornalismo
O Centro de Referência Paralímpico da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) existe desde 2023, como um espaço de transformação social e promoção da cidadania por meio do esporte.
O atleta, Kauan Lucas Diógenes, de 11 anos, é um exemplo disso. Ele nasceu com mielomeningocele e hidrocefalia, mas desde cedo encontrou no esporte, especialmente na natação, um espaço de liberdade e adaptação.
Há dois anos, passou a treinar no Centro de Referência Paralímpico, sendo convocado a participar das Paralímpiadas Escolares de 2025, representando o time do Rio Grande do Norte (RN) nas provas de 50 e 100 metros livres, no período de 24 à 29 de novembro, em São Paulo.
A coordenadora do Centro, Maria Irany, destaca a importância de histórias como a de Kauan. “A experiência de Kauan é um convite para que outras crianças e jovens com deficiência descubram no esporte um caminho de liberdade, expressão e potência”, relata.
A mãe de Kauan, Allana Cristina, expressa o sentimento de orgulho com a conquista do filho. “Meu coração simplesmente transbordou. Foi uma sensação indescritível. Não se tratava apenas de medalhas ou colocações, mas de tudo o que já enfrentamos, de cada limite que ele transformou em força, coragem e superação”, compartilha.
Com polos em Mossoró e Pau dos Ferros, o Centro de Referência Paralímpico acolhe, anualmente, pessoas com deficiência física, intelectual, visual, auditiva e pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
No ano de 2025, foram totalizados 110 participantes, com idades entre 7 e 25 anos, todos envolvidos em um processo contínuo de desenvolvimento esportivo e humano, através de atividades como natação, parahalterofilismo, bocha, badminton e futebol de cegos.
