Representantes da gestão da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) se reuniram com o pesquisador bolsista em produtividade CNPq, João Maria, para debater estratégias para a instalação do Centro de Mineração em Escala Industrial, no município de Assú. O projeto foi contemplado na chamada pública do CNPq/CT-Mineral/CT-Energ Nº 27/2022 – Minerais Estratégicos, com recursos no valor de R$ 1,245 milhão.
Na ocasião, foram discutidas questões sobre local onde o Centro será instalado. Além disso, foi proposto buscar o diálogo com políticos do Vale do Açu e empresas da região, para otimizar o processo de instalação. “ Duas empresas já manifestaram interesse de participar do Centro de Mineração”, revelou João Maria. A ideia é somar parcerias públicas e privadas para a realização do projeto.
Este será o primeiro Centro de Mineração a montar em escala industrial. O minério a ser trabalhado é a ilmenita, encontrada na areia do Rio Piranhas-Açú, e é um dos principais minérios utilizados para a extração de titânio, utilizado como pigmento empregado nas indústrias de tinta, papel, plástico, borracha, fibras, vernizes, próteses ósseas, implantes dentários, instrumentos cirúrgicos, entre outros.
Além de possibilitar o processamento da ilmenita em escala industrial, o Centro é estratégico para o desenvolvimento econômico do Rio Grande do Norte. “No Nordeste não tem mais a produção deste minério em escala industrial, sendo assim, provar a viabilidade da extração em grande escala pode atrair indústrias para a região”, informa o pesquisador.
Para a reitoria Cicília Maia, é de suma importância a construção deste projeto. “O Centro de Mineração possibilita a Universidade estar cada vez mais próxima da sociedade, desenvolvendo pesquisas aplicadas, de cunho social, contribuindo com soluções para empresas e comunidade”, destaca.
Os recursos da chamada pública do CNPq são destinados para toda a parte de infraestrutura e equipamentos. O Centro funcionará com bolsistas de diversos cursos e parcerios. “É um projeto que vai dar visibilidade à Universidade, onde a instituição vai dialogar com outros setores produtivos. É uma ação que envolverá alunos e pesquisadores, e será de suma importância para o desenvolvimento do Estado”, frisa.
