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Uern tem dois pedidos de patentes deferidos pelo INPI

A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) teve mais dois pedidos de patentes deferidos pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), órgão responsável por gerir o sistema brasileiro de concessão de patentes. As invenções patenteadas tratam do “Processo para produção de nanopartículas magnéticas com estrutura de núcleo/casca usando polímero natural” e do “Processo e produção de bio-utensílios descartáveis e biodegradáveis a partir do bagaço do pseudofruto do caju”.

O projeto sobre o processo para produção de nanopartículas magnéticas com estrutura de núcleo/casca usando polímero natural é de autoria dos professores Dr. João Maria Soares, do Departamento de Física, e do Dr. Cláudio Lopes Vasconcelos, do departamento de Química. O invento trata de um novo processo de síntese de nanopartículas magnéticas com estrutura núcleo-casca à base de quitosana caracterizado por obter partículas por meio de redução química usando borohidreto de sódio.

O meio utilizado foi um meio polimérico no qual a quitosana funcionou como um coordenador iônico a fim de produzir nanopartículas com uma faixa de tamanho e morfologia altamente controlados em condições experimentais amenas.

O outro projeto que teve a patente deferida é de autoria do professor do departamento de Química da Uern, Carlos Henrique Catunda Pinto. A invenção refere-se ao processo e produção de produtos (bio-utensílios) descartáveis e biodegradáveis a partir do bagaço do pseudofruto (pedúnculo) do caju, resíduo do beneficiamento da agroindústria, com o objetivo de produzir um material ambientalmente biodegradável.

O processo de produção proposto pelo projeto caracteriza-se por ser consideravelmente menos poluente, possibilitando a redução do consumo de plástico do petróleo, ao se substituir a matéria-prima base (petróleo), comumente utilizada na fabricação de copos e utensílios domésticos, por um subproduto totalmente natural, renovável e biodegradável (pseudofruto do caju).

Trata-se da criação de novos materiais amigos da natureza com forte apelo ambiental e de sustentabilidade, os quais não utilizam derivados de petróleo e sim a composição de amido e fibra proveniente do resíduo do pedúnculo (pseudofruto do caju), produzindo bio-utensílios, descartáveis e biodegradáveis, com aplicação direta na cozinha das residências e restaurantes, substituindo produtos disponíveis no mercado, tais como copos, talheres, vasilhas com e sem tampa, xícaras, pratos e canudos.

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