A primeira edição da Feira Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação do Rio Grande do Norte (Fecitern), nesta terça-feira (9), no Campus da Uern em Natal, reuniu 88 projetos científicos desenvolvidos por estudantes do ensino fundamental (anos finais) e do ensino médio de 73 escolas potiguares. O evento integra uma ação aprovada pelo CNPq e pela Fapern, coordenada pela professora Simone Cabral (Uern/Campus Pau dos Ferros), em parceria com a Secretaria de Educação do Estado (SEEC/RN), Uern, Fapern e Ufersa.
Foram apresentados trabalhos de 232 estudantes e 99 docentes oriundos de 34 municípios, representando 14 Direcs, além de escolas públicas municipais, estaduais, federais e privadas. A Fecitern foi pensada para encerrar o ciclo de feiras escolares, municipais e regionais realizadas ao longo do ano, reunindo os projetos finalistas desses espaços.
A secretária de Educação do Estado, Socorro Batista, destacou o papel das feiras na formação científica de estudantes e o envolvimento da Uern na consolidação do evento: “A Fecitern amplia a participação da rede estadual e fortalece a socialização da ciência. É importante mostrar que ciência nasce na escola. A Uern é parceira de forma permanente, seja com equipes, espaços ou orientações. A universidade está integrada à educação básica e contribui diretamente para que essas feiras aconteçam com qualidade.”
O pró-reitor de Extensão da Uern, Esdras Marchezan, ressaltou a origem da feira dentro da universidade e a articulação com outras instituições: “A Fecitern nasce na Uern, a partir da iniciativa da professora Simone Cabral, e se realiza com o Governo do Estado, a Fapern e a Ufersa. A primeira edição já reúne mais de 200 estudantes, quase 100 professores e 88 projetos, o que mostra a demanda existente nas escolas. A feira complementa outras ações já consolidadas, como a Feira do Semiárido, e amplia a presença da ciência no território.”
A coordenadora da Fecitern, professora Simone Cabral, explicou o formato estadual da feira e a relevância da aprovação no edital do CNPq: “Para que o projeto fosse aprovado como feira estadual, era necessário contemplar uma região que ainda não recebia financiamento nessa escala e essa região é Natal. O Rio Grande do Norte passa a ser o único estado com duas feiras estaduais financiadas pelo CNPq no mesmo edital, algo possível graças à Uern. A intenção é que a Fecitern alcance o mesmo reconhecimento que a Feira do Semiárido, tornando-se referência quando se falar de produção científica na educação básica. A premiação inclui credencial para a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, em São Paulo, além dos destaques por áreas do conhecimento, por áreas temáticas e por DIREC.”
A feira contou com avaliadores docentes e técnicos da Uern e de instituições parceiras, incluindo Fapern, IFRN e Ufersa. Os projetos premiados incluem os três primeiros colocados do ensino fundamental e os dois primeiros do ensino médio, além de destaques específicos por categorias.
A Fecitern se consolida como uma ação de articulação entre escola e universidade, reforçando o compromisso da Uern com a formação científica, o incentivo à pesquisa e a democratização do acesso ao conhecimento. A realização da feira em Natal amplia o alcance territorial das feiras estaduais e posiciona a Uern como referência no apoio à educação básica no Rio Grande do Norte.
