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Pesquisa traz inovação que auxilia estudantes com deficiência visual no estudo de química

Texto: Iasmin Cardoso (Estagiária de jornalismo)

Uma pesquisa desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Ensino (PPGE) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) procura auxiliar no ensino de química para estudantes com deficiência visual. Trata-se da criação de um “Caderno Tátil Químico” (CTQ). 

O caderno tátil é um recurso adaptado, compacto, inclusivo e de fácil manuseio, apresentando dimensões que remetem a um caderno. Com ele, é possível estudar estruturas químicas de modo tátil, trabalhando conteúdos que vão desde o ensino básico até o superior.

O CTQ é formado por um kit que consiste numa estrutura plana tátil, semelhante ao caderno, podendo ser inseridos pinos e elásticos, representando simultaneamente os átomos e ligações químicas, que possibilitam a representação dessas estruturas químicas em alto-relevo. Cada pino apresenta estruturas táteis distintas que facilitam a identificação do elemento químico.

A pesquisa foi parte da dissertação do mestrando Marcelo Nascimento de Morais Oliveira, sob orientação do Prof. Dr. Glaydson Francisco Barros de Oliveira, concentrada na área de Educação Básica e na linha de estudos sobre Ensino de Ciências Exatas e Naturais.

A aplicação do recurso foi inicialmente feita por meio de oficinas com professores do Centro de Apoio ao Deficiente Visual (CADV) em Mossoró. Atualmente, o caderno tátil está em fase de aplicação junto aos estudantes, com a primeira etapa sendo a apresentação aos professores, mostrando as formas de utilizar o objeto. Em seguida, a aplicação contará com a participação de estudantes deficientes visuais e aprofundamento de conteúdos de química.

UM ENSINO MAIS INCLUSIVO

O pesquisador Marcelo Oliveira explica a importância desse recurso para a inclusão dos estudantes no ensino de química. “Esse recurso viabiliza o trabalho conjunto desses estudantes com outros que não tenham deficiência visual significativa, pois o caderno não precisa do domínio de um sistema de representações ou linguagens, como a linguagem em braille, funcionando, assim, como um recurso inclusivo e de apoio para o professor”, destaca.

Após a aplicação do caderno nas escolas, o objetivo é buscar a validação do recurso em colaboração com professores e estudantes, por meio de entrevistas sem-estruturadas, observando as sugestões e feedbacks dos participantes, dessa forma, tornando-se possível avaliar a aptidão do caderno no cotidiano acadêmico.

Projetos como esse transformam o conhecimento numa ferramenta de inovação e acessibilidade para os estudantes e professores, trazendo recursos inclusivos para o ambiente da Universidade e reafirmando o papel da educação pública no desenvolvimento dessas iniciativas.

Confira aqui a Plataforma Uern Ciência com mais reportagens especiais.

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