A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), por meio da Faculdade de Educação Física (Faef) e da Diretoria de Ações e Projetos de Inclusão (Dain), deu início nesta quinta-feira (23) ao Seminário “Modalidades Paralímpicas e o Caminho da Inclusão”, em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e o Centro de Referência Paralímpico da Uern.
O evento, que segue até esta sexta-feira (24), está sendo realizado de forma on-line pela plataforma ConferênciaWeb RNP, reunindo professores, gestores, estudantes e profissionais do esporte em uma programação voltada à formação e ao fortalecimento de políticas públicas de inclusão.
Com carga horária total de 10 horas, o seminário aborda temáticas relacionadas ao esporte como ferramenta de socialização, autonomia e cidadania para pessoas com deficiência. A abertura contou com a participação da reitora Cicília Maia, que destacou o papel da Universidade como espaço de inclusão e transformação social. “A Uern estará sempre de portas abertas, sendo uma instituição socialmente referenciada. Eventos como este reforçam nossa missão de promover oportunidades para todas as pessoas e valorizar a diversidade”, enfatizou.
A coordenadora do Centro de Referência Paralímpico da Uern, professora Maria Irany Knackfuss, celebrou o início das atividades e destacou o comprometimento da Universidade com a pauta inclusiva. Segundo ela, o trabalho conjunto com o CPB tem rendido resultados promissores e mostrado que o esporte é um instrumento poderoso de transformação. “Quero agradecer ao comitê pelo comprometimento com o esporte e com as atividades desenvolvidas”.
Desde a implantação do Centro de Referência Paralímpico da Uern, em 2023, a Instituição vem se destacando como polo regional de incentivo ao esporte adaptado. O espaço oferece modalidades como halterofilismo, natação, futebol de cegos e parabadminton, atendendo crianças e jovens com deficiência física, visual e intelectual. Para a professora Irany Knackfuss, o seminário reforça o compromisso da Uern com uma educação inclusiva e transformadora. Eventos como os de hoje visam usar o esporte como instrumento de socialização, aprendizado e desenvolvimento.
A programação de abertura contou com a palestra do professor Felipe Varotti, coordenador administrativo do CPB e doutor em Educação Física pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Ele abordou estratégias para o desenvolvimento do esporte paralímpico no país e ressaltou a importância de investir na formação desde a infância. “É com pessoas engajadas, como as que encontramos aqui, que o movimento paralímpico acontece. Nosso objetivo é preparar o atleta desde a base até o alto rendimento, mas, sobretudo, formar cidadãos autônomos, capazes de se desenvolver em diferentes aspectos da vida”, pontuou.
Varotti também destacou iniciativas do CPB voltadas ao mapeamento de talentos em escolas e à capacitação de professores em diversas regiões do país, com o intuito de tornar o Brasil referência mundial na formação de esportistas paralímpicos.
As atividades continuam nesta sexta-feira (24) com palestras e oficinas ministradas por especialistas convidados. Entre os temas estão “O Esporte como Direito à Inclusão, Habilitação e Reabilitação”, com o professor Vicente Celeste de Oliveira Júnior, e aulas práticas de bocha e natação paralímpica, ministradas pelos professores Matheus Jancy Bezerra Dantas, Caroline Oliveira de Carvalho e Thaisa Dantas.
