O Largo do Sebrae, em frente ao Memorial da Resistência, foi tomado por uma multidão na noite da última sexta-feira (11) durante o Festival Uern Cultura Viva, evento que uniu música, cultura e educação em uma celebração memorável. A programação marcou os 57 anos da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), o primeiro ano de atuação do Banco do Nordeste Cultural em Mossoró e celebrou também os 30 anos do álbum “Aos Vivos”, do cantor e compositor Chico César, atração principal da noite.

Antes de Chico César subir ao palco, o público pôde prestigiar apresentações de Jongozu, estudante da Uern e artista potiguar, e da banda Fortunato e os Jovens de Ontem, ambos valorizando o talento local e o compromisso da universidade em fomentar a cultura e a produção artística no Rio Grande do Norte.
Nos bastidores, Chico César vestiu a camisa da Uern e destacou a relevância da instituição e de equipamentos culturais como o Banco do Nordeste Cultural para o fortalecimento da arte e da educação, especialmente no interior do país. “É muito importante ter uma universidade como a Uern e um espaço cultural como este aqui em Mossoró. Isso faz com que os jovens só precisem sair de suas cidades se quiserem, e não por falta de oportunidades”, afirmou o artista.
Durante o evento, o cantor recebeu das mãos da reitora Cicília Maia e do vice-reitor Chico Dantas a Medalha da Abolição, honraria concedida anualmente pela Uern a personalidades que se destacam em áreas como educação, cultura e ciência, especialmente em benefício da universidade e da sociedade potiguar.
“Uma noite que entrou para a história de Mossoró, da Uern e do Banco do Nordeste Cultural”, disse a reitora, destacando a emoção de celebrar os 57 anos da Instituição com a comunidade. “Foi uma alegria entregar a Medalha da Abolição a Chico César, um artista que representa a força da cultura nordestina e a resistência do nosso povo”, completou.
O momento institucional contou com a presença da governadora Fátima Bezerra, que ressaltou a importância da interiorização do ensino superior e do papel transformador da Uern. “A riqueza dessa Universidade é que ela leva educação de qualidade para o interior do Estado. O Centro Cultural do Banco do Nordeste em Mossoró é uma conquista que pulsa arte e cultura”, destacou.
A solenidade contou ainda com as participações de Aldemir Freire, diretor de Planejamento do Banco do Nordeste; Ana Teresa, diretora de Administração do BNB; e Esdras Marchezan, pró-reitor de Extensão da Uern. Foram anunciados o lançamento do edital de ocupação artística dos Centros Culturais do Banco do Nordeste e o início das obras de reforma do Teatro Lauro Monte Filho, reafirmando o compromisso do banco e do Governo do Estado com a expansão da política cultural no Rio Grande do Norte.
Ao som de clássicos como Mama África, À Primeira Vista e Beradêro, Chico César emocionou o público com um repertório que mesclou poesia, resistência e celebração da identidade nordestina. O artista foi ovacionado pela plateia, que transformou o Largo do Sebrae em um grande coral a céu aberto.
O espetáculo foi encerrado sob aplausos e lágrimas, em uma noite que consagrou a união entre arte, universidade e comunidade, reafirmando o papel da Uern como um dos pilares da formação cidadã e da democratização da cultura no Rio Grande do Norte.
“Viva a cultura, viva a educação e viva a Uern”, resumiu a reitora Cicília Maia, sintetizando o sentimento de todos os presentes naquela que já é considerada uma das maiores noites culturais da história de Mossoró.
Fotos: Ênio Freire/Uern