A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) participou de uma ação no município de Ereré (CE) sobre o cuidado da pessoa autista no ambiente escolar. A atividade contou com uma palestra sobre “Educação, Saúde e Inclusão: caminhos para a construção de territórios mais empáticos e inclusivos para pessoas com TEA”, realizada nesta segunda-feira, 2, no Salão Paroquial do município de Ereré.
A palestra foi ministrada pela mestranda Eva da Silva (responsável pela pesquisa e mãe atípica), a servidora da Uern Ticiane Teixeira (advogada e mãe atipica) e médica Raysa Madlene (pediatra e mãe atípica).
O debate foi voltado para professores da educação infantil, gestores, e-multi e enfermeiros, bem como família atípicas e Agentes Comunitários de Saúde (ACS). A ação é uma parceria da Uern, através do Programa de Pós-graduação em Saúde e Sociedade (PPGSS) e Prefeitura Municipal de Ereré.
A ação ocorreu como parte das intervenções da pesquisa de mestrado intitulada: “Emponderamento de uma comunidade escolar para abordagem do transtorno do espectro autista no contexto escolar: intervenção de enfermagem comunitária”. A pesquisa é coordenada pela professora Ellany Gurgel e o professor Pedro Melo, da Universidade do Porto – Portugal.
Ellany Gurgel destaca que a intervenção realizada em Ereré representa o compromisso da universidade pública com a transformação social. “Esta é uma pesquisa que ultrapassa os muros da academia e se concretiza como ação de extensão, dialogando diretamente com as necessidades do território, especialmente no que diz respeito à inclusão de crianças com Transtorno do Espectro Autista no ambiente escolar”, destaca.
E complementa: “Como professora do Mestrado em Saúde e Sociedade da UERN e orientadora da pesquisadora Eva da Silva, vejo com muito orgulho a materialização de um trabalho que une rigor científico, sensibilidade social e articulação intersetorial entre saúde, educação e gestão pública. A pós-graduação precisa estar conectada com a realidade das comunidades e gerar impacto concreto, como estamos vendo aqui: promovendo empoderamento docente, fortalecendo redes de cuidado e contribuindo para práticas mais inclusivas”, diz Ellany Gurgel.
Para ela, essa ação reforça o papel estratégico da pesquisa como instrumento de mudança e evidencia o quanto a extensão universitária é potente quando orientada por escuta, planejamento e compromisso ético com o bem comum.