A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) sediou nesta quinta-feira, 06, uma reunião estratégica para avaliação e planejamento da Residência Tecnológica de Mecanização da Agricultura Familiar Brasil-China. O evento contou com a presença de representantes de diversas instituições parceiras, que discutiram os avanços do projeto e os próximos passos para 2025.
A Residência Tecnológica tem origem na Universidade Agrícola de Quzhou, na China, e se propõe a aproximar pesquisadores e agricultores para o desenvolvimento de novas tecnologias no campo. No Brasil, as atividades ocorrem principalmente no Nordeste, com destaque para os estados do Rio Grande do Norte, Ceará e Maranhão. No RN, Apodi tem sido palco do projeto, que envolve parceria entre a Uern, a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) e o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN).
Durante a reunião, a reitora da Uern, Cicilia Maia, ressaltou que o encontro foi dividido em dois momentos: um para a exposição geral do projeto e outro voltado ao planejamento de novas ações. “Estamos aqui para acolher e agradecer a presença de todos”, declarou.
O professor Vinícius Claudino, também da Uern e responsável pela apresentação, reforçou o caráter prático da iniciativa. “Hoje é uma atividade de trabalho. Vamos organizar as ações já desenvolvidas e discutir como podemos aprimorar nossa atuação com os parceiros”, afirmou.
Já a professora Minli Yang, da Chinese Agricultural University (CAU), destacou o impacto do projeto no cenário internacional. “Essa é minha sexta visita ao Brasil, e sempre me sinto acolhida. A transmissão do Ano Novo chinês em Apodi foi exibida em mais de 80 canais e 100 cidades na China, mostrando a importância desse projeto para os dois países”, afirmou.
O diretor do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), Cleone Silva de Lima, destacou o envolvimento do IFRN e o impacto do projeto na comunidade acadêmica. “A celebração do Ano Novo chinês foi um momento especial para todos nós. Desde a semana passada, esse é o assunto principal entre os alunos, que estão em êxtase com a experiência”, disse.
Representando as Relações Internacionais da Ufersa, o professor Victor Azevedo enfatizou a relevância do intercâmbio científico. “Essa parceria fortalece a colaboração entre universidades e nos permite compartilhar pesquisas e conhecimentos em diversas áreas. Espero que continuemos avançando juntos neste ano”, declarou.
Em um esforço para fortalecer parcerias internacionais e ampliar as oportunidades acadêmicas, o reitor da Ufersa, Rodrigo Codes, reafirmou o compromisso da instituição com o diálogo e a colaboração. Durante o evento, Codes destacou a importância do avanço na articulação com a Universidade Agrícola da China, ressaltando o potencial da cooperação para impulsionar o desenvolvimento científico e tecnológico. Além disso, mencionou a disposição da Ufersa em apoiar iniciativas como o Termo de Execução Descentralizada (TED).
Nos últimos três meses, o projeto realizou diversas atividades, incluindo testes de operação de máquinas agrícolas chinesas, treinamento técnico para agricultores familiares e cooperativas, manutenção de equipamentos agrícolas, seminários e intercâmbio acadêmico entre estudantes de graduação e pós-graduação, além de estudos sobre a produção agrícola no Nordeste brasileiro. A reunião foi finalizada com a definição de um plano de trabalho para 2025, com o objetivo de expandir as ações do programa e fortalecer ainda mais os laços entre Brasil e China na busca por soluções tecnológicas para a agricultura familiar.
Fotos: Williams Vicente/Uern