Na noite de quarta-feira, 28 de novembro, o grupo musical Triângulo Vermelho proporcionou um espetáculo emocionante na Praça do Teatro Lauro Monte Filho, em Mossoró. Com releituras das obras de Milton Nascimento, a apresentação integrou a programação do Mês da Consciência Negra da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern). O evento destacou não apenas a música, mas a força e a resistência da cultura negra em sua essência.
O grupo, formado por Renan Simões, Gleisson do Carmo e Daniel Mariano, encantou o público com sua performance envolvente. Para além da música, o show trouxe reflexões profundas sobre a valorização das artes e do espaço público, ressaltando o papel do Centro Cultural Banco do Nordeste como um revigorante ponto de encontro cultural.
Alice Belarmino, estudante de Licenciatura em Geografia da UERN, falou sobre sua emoção durante o evento. “Foi um momento único. Eu cresci ouvindo Milton Nascimento e ver essas obras sendo reinterpretadas com tanta delicadeza e força me fez refletir sobre o impacto da cultura negra em nossas vidas. Essa iniciativa da Uern é essencial para manter viva nossa história e cultura”, destacou.
Já o aposentado Carlos Antônio, que foi atraído pelos acordes enquanto passava pela praça, comentou sobre a importância de revitalizar espaços públicos com cultura. “Eu estava só de passagem, mas fiquei encantado. É bom ver a praça viva, cheia de música e de gente. Eventos assim nos fazem valorizar ainda mais a arte e nos conectam com algo maior. Essa homenagem ao Milton Nascimento foi especial, e o grupo Triângulo Vermelho está de parabéns”.
A apresentação atraiu não apenas estudantes e moradores de Mossoró, mas também transeuntes que, movidos pela harmonia das músicas, pararam para assistir. As interpretações do Triângulo Vermelho ressoaram pela praça, criando uma atmosfera de celebração e introspecção.
Além de emocionar o público, o evento reforçou a parceria entre a Uern e o Centro Cultural Banco do Nordeste, ressaltando a importância de iniciativas culturais no fortalecimento da identidade e da memória coletiva. Conforme pontuado pelo professor Tobias Arruda, “essas ações são fundamentais para aproximar a academia da comunidade e transformar espaços públicos em palcos de diversidade e inclusão”.
O Mês da Consciência Negra segue com uma programação repleta de atividades que celebram e refletem sobre a história e a cultura negra, consolidando a Uern como um espaço de transformação e diálogo social.