A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) se uniram em um projeto de grande impacto social: o curso de extensão “Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva”. Sob a coordenação da Secretaria de Educação a Distância (SEDIS) e com o apoio do programa Universidade Aberta do Brasil (UAB), o curso promete capacitar 10 mil profissionais da educação no estado, divididos igualmente entre as duas instituições. Com inscrições abertas até 22 de novembro de 2024, a iniciativa gratuita visa transformar práticas pedagógicas e criar ambientes escolares mais inclusivos.
O titular da Diretoria de Educação a Distância da Uern, Giann Ribeiro, ressalta a relevância de um curso dessa magnitude. “A temática relacionada à Inclusão é bastante urgente e necessária aos professores da escola básica. Temos muitos alunos atípicos nas escolas e a maioria dos professores não tiveram em sua formação componentes curriculares que tratam dessa questão”, explica.
Para ele, o formato a distância representa uma vantagem, uma vez que “contribui para que professores possam adequar ao tempo que dispõe, sem necessidade de deslocamento”.
O curso abrange temas fundamentais, como Direitos Humanos, Diversidade, Desenvolvimento Humano, e práticas pedagógicas inclusivas, todos orientados pelos marcos legais e pesquisas científicas que sustentam a Educação Especial.
“A formação continuada docente é um direito e um dever previsto pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional”, acrescenta Fernanda Abreu, titular da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (Proeg). Segundo ela, o objetivo é manter e melhorar a qualidade do ensino, em sintonia com as transformações sociais.
O curso, com duração de três meses e oferecido na modalidade a distância, tem como foco capacitar profissionais para promover práticas inclusivas na sala de aula, garantindo uma educação de qualidade para todos.
“A formação continuada é a maneira de adquirir conhecimento específico, aprimorando práticas, recursos e materiais pedagógicos que colaborem para uma escola verdadeiramente inclusiva”, explica Giann Ribeiro. O papel das Pró-Reitorias de Ensino de Graduação (Proeg), Extensão (Proex) e Diretoria de Educação a Distância (Dead) na coordenação do projeto assegura a qualidade e a integração das diversas frentes de ensino, extensão e inclusão.
Para Anairam de Medeiros, pró-reitora adjunta de Extensão, a necessidade desse tipo de formação é evidente, especialmente para professores da rede pública, que enfrentam diariamente os desafios da inclusão escolar. “Hoje temos muitos alunos atípicos nas escolas, e a maioria dos professores não possui formação específica para lidar com essas demandas”, afirma. A oferta do curso em formato EAD, segundo ela, garante maior alcance e flexibilidade para os docentes.
Inscrições abertas e apoio amplo ao docente
A expectativa é que o curso não apenas capacite, mas transforme as práticas pedagógicas nas escolas públicas do estado, impactando diretamente a qualidade de vida dos alunos com necessidades educacionais especiais. A iniciativa se alinha às políticas públicas voltadas para a educação inclusiva, promovendo igualdade de oportunidades e acesso universal ao conhecimento.
“Os professores que não possuem internet e dispositivos computacionais podem procurar um polo de apoio presencial da UAB”, orienta Giann Ribeiro, destacando a acessibilidade da formação. Ao final do curso, espera-se que os profissionais estejam mais preparados para lidar com as demandas da Educação Especial, fortalecendo suas práticas e promovendo a inclusão como pilar fundamental da educação básica.
Esta formação continuada é um passo significativo na promoção de uma educação mais inclusiva e igualitária, com o apoio das instituições de ensino superior do estado. Como afirma Fernanda Abreu, “o avanço e aprimoramento formacional de docentes é o eixo central para a melhoria contínua da qualidade do processo de ensino e aprendizagem”.