A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) deu início nesta quinta-feira, 18 de julho, ao evento “Mulheres Negras em Marcha por Reparação e Bem Viver” em celebração ao Julho das Pretas. Esta é a terceira vez que o evento é realizado na Instituição, marcando um momento significativo para a comunidade acadêmica e para a valorização das mulheres negras.
O dia começou com um sarau poético na Faculdade de Serviço Social (Fasso) no Campus Mossoró, onde diversas vozes se uniram para recitar poesias que exaltam a força e a resistência das mulheres negras. Durante a noite, no Centro de Convivência, haverá uma performance artística com Lenilda Santos e uma apresentação musical com Edja Azevedo, criando um ambiente de celebração e reflexão.
Na sexta-feira, 19 de julho, a programação continua na Sala de Multiuso da Biblioteca. O dia começa com uma apresentação cultural da cantora, compositora e percussionista Eva Cabocla de Jurema, seguida por uma roda de conversa sobre o papel das mulheres pretas na educação. Este debate contará com a participação da professora Mestre Adriana Silva, representando o Movimento Mulheres RN e a Coletiva Nísia Floresta, e da técnica de nível superior Carmem Sousa, Secretária da Chefia de Gabinete da Reitoria da Uern.
A Professora Suamy Soares, responsável pelo eixo de Relações e Identidade de Gênero, Direitos das Mulheres e da Comunidade LGBTQIA+ da Diretoria de Ações Afirmativas e Diversidade (DIAAD), destacou a importância do evento e do Julho das Pretas, enfatizando que o dia 25 de julho é dedicado à Tereza de Benguela e ao Dia Internacional das Mulheres Negras e Caribenhas. Ela ressaltou a relevância de valorizar as mulheres negras, discutir o recorte racial dentro da Uern e promover a democratização do ensino superior através das cotas raciais. Segundo ela, “é importante que essa pauta seja contínua”.
Sanzia Luz, aluna do Curso de Serviço Social e integrante do Centro Acadêmico, também compartilhou sua visão sobre o evento, destacando a importância de trazer à tona o contexto histórico das lutas das mulheres pretas dentro e fora da Universidade. Ela afirmou que a participação da faculdade nesse movimento é crucial para a conscientização e valorização da presença e contribuição das mulheres negras no ambiente acadêmico e na sociedade.
O evento “Mulheres Negras em Marcha por Reparação e Bem Viver” segue reafirmando o compromisso da Uern com a valorização da cultura e da história das mulheres negras, promovendo a igualdade racial e a inclusão. Além das atividades mencionadas, os participantes também se uniram em uma ciranda, simbolizando a união e a força coletiva na luta por reparação e bem viver.
Desenvolvem as atividades a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progep), a Diretoria de Ações Afirmativas e Diversidade (DIAAD), o Núcleo de Estudos sobre a Mulher Simone de Beauvoir (Nem) da Faculdade de Serviço Social (Fasso) e a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae).