O Mossoró Cidade Junina movimentou R$ 291 milhões em 2023, podendo chegar a 443,7 milhões nos próximos três anos, mostra estudo da Faculdade de Economia (Facem) apresentado na tarde desta quinta-feira, 10, na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Mossoró. Os números evidenciam a viabilidade do evento.
“Esse tipo de estudo é fundamental para entender o impacto econômico do turismo de eventos e orientar os investimentos no MCJ, gerando empregos e renda”, disse o professor Leovigildo Cavalcanti, da Facem, responsável pela pesquisa. Segundo o docente, Mossoró tem potencial para ter, no futuro próximo, o segundo maior São João do País, atrás apenas de Caruaru/PE.
Na geração de emprego e renda, já é o segundo maior. Em 2023, mostra o estudo, o MCJ gerou 7,2 mil empregos, acima de Campina Grande/PB. Detentor do atual segundo maior evento junino, o município paraibano teve cinco mil empregos. Caruaru/PE ficou com 15 mil.
Outros dados impressiona. Mossoró teve 1,3 milhão de visitantes este ano, enquanto 2,5 milhões de pessoas visitaram Campina Grande/PB e 3,6 milhões foram a Caruaru/PE. Os números mostram ainda que o gasto per capita no evento potiguar saiu de R$ 41 em 2017 para R$ 225,67 em 2023 e pode chegar a R$ 300,37 em 2026.
Para aumentar esses valores, o professor sugeriu maior planejamento, com anúncio antecipado de atrações musicais, incentivos públicos às quadrilhas juninas que se apresentem aqui e aumento de pontos de apoio, como um espaço de São João na comunidade da Maísa, dentre outros.
“Essa parceria entre a CDL e a Uern e o estudo são de extrema importância para fornecer dados sobre os impactos socioeconômicos do evento, oferecer sugestões de melhorias e mostrar sua viabilidade econômica para a sociedade, empresários, investidores e prefeitura”, disse o presidente da CDL Mossoró, Stênio Max. Ele enfatizou a necessidade de apresentar o estudo para a prefeitura.
A reitora Cicília Maia disse que a realização do estudo “mostra o compromisso” da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) com o desenvolvimento regional. Ela sugeriu que a Câmara Municipal e outros empresários também participassem de um possível encontro para nova apresentação e debate dos números. Uma data poderá ser agendada nos próximos dias para isso.
Estiveram na reunião desta quinta, além da reitora, a professora Ellany Gurgel, titular da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg); Anairam de Medeiros e Silva, adjunta da mesma pasta; o professor Lauro Gurgel, chefe de Gabinete da Reitoria; e o vice-presidente da CDL Mossoró, Nicolo Damásio.