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TESE DE PROFESSOR DO CAMPUS DE NATAL É DESTAQUE NO JORNAL DA UNICAMP

A pesquisa do professor Antônio Jânio Fernandes, do Curso de Turismo do Campus de Natal, que resultou na tese apresentada ao Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas, em São Paulo, foi destaque da edição 512 do Jornal da Unicamp, ocupando matéria de página inteira.

A tese, orientada pela professora Arlêude Bortolozzi (pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais da Unicamp e docente do programa de pós-graduação do curso de Geografia do IG), apresenta o resultado da pesquisa qualitativa realizada em 33 comunidades de 23 municípios do litoral potiguar, constata que os empreendimentos e as atividades turísticas não proporcionam oferta de trabalho significativa para as populações nativas e aponta algumas soluções para a questão.

Segundo a pesquisa, as populações locais em sua maioria não têm acesso a serviços básicos, como água encanada e saneamento básico, rede elétrica, estradas asfaltadas e atendimento médico, que se restringem apenas às áreas frequentadas pelos turistas; o lucro com a venda de produtos como pescados e peças artesanais é reduzido pela atuação de atravessadores, através dos quais os itens chegam aos turistas; a construção de empreendimentos turísticos nas praias empurra as comunidades nativas para longe do mar, de onde a maioria sobrevive, e esses empreendimentos só oferecem aos nativos postos de trabalho limitadores do desenvolvimento pessoal, como vagas para camareiras, assistentes e recepcionistas. A pesquisa mostrou também que os habitantes nativos atribuem ao Turismo o surgimento ou o aumento da prostituição, consumo de drogas e violência em suas comunidades.

Como sugestões para tais problemas, o professor Jânio Fernandes recomenda, em sua tese, o planejamento da ocupação pela atividade turística, tirando da teoria para a prática as políticas públicas para um turismo sustentável; a inclusão de uma discussão crítica sobre o modelo de desenvolvimento turístico implantado no RN, e a diversificação dos roteiros, através da pulverização de investimentos, lembrando que o sertão tem grande potencial turístico e o Estado tem 179 sítios arqueológicos não explorados.

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