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Recém-graduados em Medicina preparam-se para atuar durante a pandemia de Covid-19

Se o início da vida profissional já costuma ser um período desafiador para a maioria dos recém-graduados, conquistar o diploma em meio a uma pandemia cujo enfrentamento tem mobilizado o mundo inteiro representa, sobretudo para os concluintes de cursos da área da saúde, um episódio ímpar não só para a carreira profissional, mas para a própria vida.

Não que a vida já não houvesse trazido situações desafiadoras. Ao contrário, foram alguns dos percalços enfrentados na trajetória dos 28 concluintes do curso de Medicina do Campus Central que colaram grau na manhã desta quarta-feira (8) que os tornaram mais preparados para enfrentar a missão à qual já podem se dedicar como profissionais.

“Nesses últimos anos, passamos por estágios difíceis, lidando com pacientes graves, e agora vamos ter que nos adaptar ao contexto da pandemia da Covid-19”, relata Juliana Gomes da Silva, uma das recém-graduadas do curso.

Natural de Fortaleza, Juliana ingressou na UERN em 2014 e, assim como a maior parte de sua turma, oriunda de outras cidades, teve de enfrentar a distância em relação à família durante a graduação.

Essa situação teve o momento mais crítico quando o pai da estudante foi diagnosticado com câncer, pouco antes do início do curso. Juliana teve que buscar conciliar as aulas com acompanhamento do pai, principalmente no período em que ele precisou se operar.

“Mas acho que tudo isso também fortalece a gente. É nas adversidades que conseguimos tirar o melhor da gente”, diz Juliana, que se prepara agora para ajudar outras pessoas durante a pandemia de Covid-19.

A opinião é compartilhada por Heider Irinaldo Ferreira, outro dos 28 recém-graduados. Para Heider, que já trabalhava como médico veterinário e é cadeirante, a principal dificuldade no período foi conciliar as atividades do curso com as demandas do trabalho e da família.

“É uma faculdade que demanda muito tempo. Então, trabalhar, estudar e dar atenção à família foi a maior dificuldade. Mas é nas dificuldades que a gente cresce, amadurece e se sobressai”, relata o médico, que tem uma filha de nove anos.

Para Juliana, se a missão que ela e os ex-colegas de turma terão de enfrentar neste momento é desafiadora, também é grande a determinação para atuar nos próximos meses. Está todo mundo focado preparado pra trabalhar. Não vejo ninguém com medo. Estamos nos preparando agora para adquirir os equipamentos de proteção”, destaca, ressaltando a importância do aprendizado  vivenciados por ela e o restante da turma nos últimos anos.

“Acredito que as dificuldades ajudaram bastante no contexto do curso, porque a gente não deseja um parente nosso doente. Dessa forma, pelo menos para mim, ver alguém que está sem saúde me faz querer prontamente ajudar, socorrer, e fiz isso durante o internato com toda minha dedicação. Ainda tem muito o que ver, reaprender, mas o tempo irá ajudar a lapidar. Tenho fé e não terei medo dos desafios que virão. Espero trabalhar em equipe para somar forças”, finaliza.

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