...

EN

ES

Search
Close this search box.
Search
Close this search box.

Professora da UERN conquista prêmio de melhor tese na UFRJ

A professora Aryana Lima Costa, do Departamento de História da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), conquistou o Prêmio Manoel Luiz Salgado Guimarães, do Programa de Pós-Graduação em História Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGHIS/UFRJ).

Sua tese de doutorado, intitulada “De um curso d’água a outro: memória e disciplinarização do saber histórico na formação dos primeiros professores no curso de História da USP”, foi escolhida a melhor tese de doutorado do PPGHIS/UFRJ em 2018.

Aryana estudou as práticas de sala de aula como elemento para entender a historiografia brasileira ou qualquer que ela seja. Segundo a pesquisadora, em sua área, existe uma tradição de explicar como os historiadores se formam, e o que produzem, principalmente a partir da bibliografia, sem levar em consideração a sala de aula. “Como sou da área do ensino de história, trabalho com a formação de professores, com os estágios, e sempre me incomodava muito com isso. Sempre achei que a etapa da sala de aula era de extrema relevância para a gente entender como é que historiadores e professores são formados e como essas práticas de sala de aula interferem e influenciam na história que a gente produz, na história que a gente escreve e na história que a gente acredita”, explica a pesquisadora.

Durante sua pesquisa, Aryana Costa estudou o início dos cursos de história no Brasil. Ela pesquisou o primeiro curso de história em universidade do País, que é o curso da Universidade de São Paulo (USP), fundado em 1934, e com a atuação dos professores desses primeiros anos de curso de história na sala de aula.

Em sua tese, Aryana comprovou que a sala de aula tem interferência em como professores e historiadores produzem história. “A sala de aula tem interferência sim, na forma como a gente produz história. O resultado do trabalho do historiador não é só a bibliografia, mas também as práticas de formação. E também consegui acrescentar algumas reflexões sobre a história da historiografia no Brasil, entendo as décadas de 30 e 40 na USP como um período em que vários regimes de produção conviviam, tanto o chamado tradicional, quanto dos professores que vieram de fora”, explica.

Para a pesquisadora, o prêmio é a confirmação de que todo o esforço valeu a pena. “Eu gosto muito do que eu faço, da minha profissão, e o doutorado era um caminho natural. Esperei os três anos do estágio probatório que precisava cumprir na UERN, e depois saí para conquistar esse título, para mim e para contribuir com a instituição. Significa também que as escolhas que eu fiz de pesquisa foram bem avaliadas e foram corroboradas”, afirmou a professora.

Aryana também agradeceu aos colegas da UERN que colaboraram para que ela pudesse fazer o doutorado. “Esse prêmio tem também um significado de que a UERN resiste. Eu tive apoio de muitas pessoas, do meu departamento, e também da PROPEG (Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação), em especial, de Almir de Castro, do Departamento de Capacitação. Pessoalmente, esse é o reconhecimento de nós professores da UERN, e do valor da nossa Universidade. A minha tese é dedicada aos meus colegas que estiveram sempre na linha de frente em defesa da UERN. Faço jus ao esforço das pessoas que ficaram construindo a Universidade enquanto eu estava nos quatro anos do meu doutorado”.

Em 2012, o Prêmio Melhor Tese de Doutorado Manoel Luiz Salgado Guimarães. Ao fim de cada ano, uma comissão formada por membros externos elege o melhor trabalho de tese entre os defendidos naquele ano aprovados com louvor.

Page Reader Press Enter to Read Page Content Out Loud Press Enter to Pause or Restart Reading Page Content Out Loud Press Enter to Stop Reading Page Content Out Loud Screen Reader Support