Para o infectologista Fabiano Maximino, professor da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (FACS/UERN), não há ainda motivo para pânico, entre a população local, em relação ao novo coronavírus.
“Ainda não há registro de transmissão comunitária aqui no Rio Grande do Norte, apenas um caso até agora foi confirmado, em Natal, e inúmeros outros em investigação. É importante dizer para a população que todos esses casos já estão em regime de isolamento domiciliar e vão continuar assim pelo menos durante 14 dias, para que a transmissão para a comunidade possa ser evitada”, explicou.
Obviamente, porém, é preciso adotar medidas de precaução e prevenção.
Por exemplo, pessoas com sintomas fracos da doença não devem imediatamente procurar locais com grande circulação de pessoas, como Unidades Básicas de Saúde (UBSs) ou hospitais. Recomenda-se que se mantenham isoladas. Assim se evita a contaminação de terceiros, até mesmo dos profissionais da saúde.
Segundo o infectologista, “As pessoas que estejam com falta de ar, febre elevada por vários dias, um quadro de hipotensão, pressão arterial baixa, redução do nível de consciência, estas sim devem procurar assistência médica”.
Como se sabe, lavar as mãos com frequência, usar álcool em gel e tomar cuidado com o uso de banheiros também são medidas importantes. As máscaras cirúrgicas são recomendadas se, por necessidade, o indivíduo tiver que se direcionar a um local onde há aglomeração de pessoas, como aeroportos, e em regiões onde há pessoas contaminadas.
Sintomas
Após o contato com o vírus, os sintomas podem aparecer em aproximadamente cinco dias. Os mais comuns são tosse e febre, embora também se possa notar congestão nasal, dores pelo corpo e falta de apetite. Os idosos são as pessoas mas vulneráveis ao vírus, sendo também o grupo humano em que há maior incidência de mortes.
Transmissão
Como o vírus não sobrevive bem em objetos inanimados, inexiste razão para evitar produtos advindos da China ou outros de uso esporádico. O cuidado deve estar direcionado aqueles utensílios com os quais várias pessoas entram em contato com frequência, como corrimão de escadas, teclados de computador ou maçanetas.
“Somente as pessoas com sintomas transmitem o vírus? A essa pergunta eu vou dizer que não. Existem pessoas assintomáticas que podem transmitir, embora essa transmissão não seja tão efetiva quanto às pessoas sintomáticas. O que as pessoas devem entender com essa frase é que, do ponto de vista de transmissibilidade, quem está sintomático tem uma probabilidade técnica gigantesca de transmitir, enquanto quem está assintomático poderia fazê-lo. E poderia não ocorrer transmissão também”, esclarece ainda o professor.