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Encontro discute políticas afirmativas para negros na UERN

Na manhã desta sexta-feira, 20, a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) recebeu a coordenadora estadual de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial do Ceará, professora Dr. Maria Zelma de Araújo Madeira, para discutir questões sobre políticas afirmativas para inclusão e permanência dos negros, indígenas, quilombolas e ciganos nas universidades. A explanação integrou a programação da sessão temática Luiza Mahin, promovida pela Faculdade de Serviço Social, através do Programa de Pós-graduação em Serviço Social e Direitos Sociais (PPGSSDS) e do Grupo de Estudos e Pesquisas em Políticas Públicas.

O encontro ocorreu no auditório da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais (FAFIC), no Campus Central, e contou com a presença da coordenadora do evento, professora Dra. Maria Ivonete Soares; do subchefe de gabinete, Esdras Marchezan; da pró-reitora de Ensino de Graduação, professora Dr. Francisca Maria de Souza Ramos; do Diretor de Assistência Estudantil (DAE), Erison Natécio da Costa Torres; da presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Plúvia de Oliveira; e de professores, técnicos administrativos e estudantes da instituição.

Para a professora Maria Zelma, é de fundamental importância a discussão de questões étnico raciais e ações afirmativas nas Universidades estaduais do Nordeste. “E essa discussão passa pela política de cotas”, declara a professora. Segundo ela, é indispensável pensar em políticas afirmativas para a população negra, parda, indígena e comunidade quilombola.

“Hoje, 71% das pessoas que vivem na pobreza e extrema pobreza é negra. Muitos negros não têm ninguém da sua família com curso de graduação. É preciso de ações para garantir o acesso e permanência de todos na Universidade. O racismo existe e é estrutural. É preciso pensar e desenvolver ações para acabar com essas desigualdades”, declara.

A professora Ivonete Soares destaca que a discussão central do encontro é pensar em ampliar a inclusão do negro, pardos e indígenas. Ela enfatiza que o debate foi pautado pelos estudantes negros e negras da instituição e faz parte do plano de ações com vistas a tornar a UERN uma universidade socialmente referenciada. “A ideia é discutir a inclusão na Universidade, de modo a garantir a autoafirmação, o acesso e a permanência de todos os grupos e etnias na Universidade”, declara.

A sessão temática Luiza Mahin também está vinculada à pesquisa “Quem são, onde estão e o que dizem de si os estudantes negros do Campus Central da UERN” do PIBIC, da professora Dra. Maria Ivonete Soares Coelho e a graduanda Thaysa Lobo Pegado.

Professora Zelma Madeira compartilha experiências de políticas afirmativas – Foto: Rodrigo Oliveira

Políticas de inclusão

Em sua estadia na UERN, a professora Dr. Maria Zelma de Araújo Madeira se reuniu com a chefia de gabinete da reitoria e pró-reitores para debater questões sobre as políticas afirmativas para a população negra, parda e indígena. Na ocasião, Zelma Madeira compartilhou a experiência da Universidade Estadual do Ceará (UECE) com as políticas de inclusão e as cotas raciais.

Para a professora Ivonete Soares, a discussão com a professora Zelma Madeira avançou na abordagem das discussões relacionadas ao tema e em que passos a UERN pode dar para começar a sistematizar ações e políticas afirmativas para negros, pardos e índios.

O diretor da DAE, Erison Natécio, enfatiza que a professora da UECE traz uma experiência, pautando a democratização do acesso à educação superior, que será de grande valia. “A UERN vem aprimorando a política de acesso à educação. Com esse debate, retomamos a discussão da cota social”, frisa.

A pró-reitora de Ensino de Graduação, Francisca Ramos, avalia como bastante positivo o tema em debate. “A UERN já trabalha com as cotas sociais, mas os negros passam por uma luta diferenciada. Mais de 50% da população brasileira é negra, mas na Universidade quantos negros nós temos? Onde está essa população?”questiona. Esse é uma oportunidade de debate para possibilitar que a Uern possa ir além das cotas sociais, discutir com toda a comunidade acadêmica um estudo para a permanência e ampliar o espaço para esses grupos”, frisa.

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