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Campus Party: Egressa da UERN ministra palestra sobre participação feminina no mercado de TI

Se temas como programação, robótica e desenvolvimento de softwares parecem restritos a um público muito específico, o segundo dia da Campus Party em Natal deixou claro que qualquer interessado pode começar a aprender e se aprofundar nesses assuntos.

Numa das principais palestras do dia, a analista de negócios Suzy Oliveira enfatizou que não há restrições ligadas a gênero quanto ao interesse pela área de tecnologia da informação.

Egressa do curso de Ciência da Computação do Campus Central da UERN, Suzy ressaltou que a participação feminina em TI está aquém do real potencial e das necessidades da área, o que impacta na forma como produtos são concebidos e desenvolvidos.

Residindo em São Paulo, Suzy, que é CEO da Linkest, analista de negócios da Thoughtworks e cofundadora do projeto Code Girl, destacou a alegria de proferir a palestra no Rio Grande do Norte, onde iniciou sua trajetória profissional.

“É um orgulho. Se hoje eu sou referência de alguma forma, foi lá (na UERN) onde tudo começou. Foi lá que encontrei várias mulheres, várias professoras que me empoderaram e me fizeram ver que eu tinha possibilidade de chegar onde estou. Então, é um orgulho saber que venho de uma universidade estadual e saber que ela foi a formação para que hoje eu faça um trabalho que tenha impacto sobre as pessoas”, afirmou.

Apesar da alegria em participar do evento, a analista de negócios ressaltou o desejo de motivar mais mulheres a seguir caminhos semelhantes e também se aprofundarem na área e se destacarem.

“A sensação é de que o dever ainda não foi cumprido. Preciso voltar mais vezes. Acho que minha atividade é motivar e inspirar outras mulheres e poder vê-las aqui também”, comentou.

A estudante Thaiza Medeiros, também do curso de Ciência da Computação da UERN, conta que um dos aspectos com que mais se identificou durante a palestra foi o preconceito que existe em relação à atuação feminina na área. “Isso a gente percebe tanto no mercado quanto na própria faculdade”, destacou.

A universitária acrescenta que o trabalho de Suzy também é importante para apresentar outras possibilidades de trabalho, no âmbito da computação, que não estão diretamente ligados à programação. “Foi assistindo ela (em outro evento) que eu soube que poderia trabalhar na análise de negócios”, apontou.

Uso de softwares
Outro palestrante que falou sobre a possibilidade de aprofundar o conhecimento na área de TI, sobretudo em relação à programação, o diretor do Conselho do Linux Professional Institute, John Hall, defendeu a utilização de softwares livres, de código aberto, como forma de estimular uma maior compreensão sobre o uso de programas e aplicativos além de possibilitar maior autonomia para resolver problemas ligados à informática.

Para Hall, que é conhecido pelo apelido de Maddog, enquanto os aplicativos de código fechado só ensinam os usuários sobre como utilizá-los, os softwares de código aberto também possibilitam que se aprenda a analisar seu funcionamento e modificá-los de forma a aprimorá-los.

John Hall, o Maddog, defendeu o uso de softwares de código aberto

Por esse motivo, o diretor disse recomendar o uso e ensino de softwares livres em instituições de ensino, como forma de melhor capacitar os profissionais e estimular a propagação desse tipo de software, através do qual qualquer pessoa pode aprender e propor mudanças.

Maddog também defendeu o uso de aplicativos de código aberto como forma de assegurar maior segurança aos usuários, sobretudo em relação à invasão de dados pessoais.

À noite, a principal atração foi a palestra proferida pelo engenheiro da NASA George Gabrielle, que apresentou detalhes sobre seu trabalho na agência espacial americana, bem como bastidores de missões espaciais.

Gabe Gabrielle, como é mais conhecido, ressaltou que muitos brasileiros têm o desejo de trabalhar na NASA ou em outras instituições estrangeiras, mas ignoram importantes iniciativas que existem no Brasil. “Vocês não precisam sair do país, não precisam ir à NASA. Vocês podem participar de programas espaciais aqui mesmo no Brasil”, frisou.

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