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Através do Projeto Cetáceos da Costa Branca, a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) integra a Rede de Encalhes e Informações de Mamíferos Aquáticos do Nordeste (Remane). O grupo é composto por universidades, entidades governamentais e não governamentais e tem como finalidade viabilizar o intercâmbio de informações e esforços entre as instituições que trabalham com mamíferos aquáticos no Brasil.

O intercâmbio entre os integrantes da Remane se dá por meio do armazenamento das informações obtidas através de pesquisa, monitoramento e atendimento de encalhes e capturas em artes de pesca, em banco de dados nacional.

“Trabalhar em rede é uma importante estratégia para ampliação do conhecimento científico e envolvimento da sociedade na conservação das espécies e ambientes que ocupam, atendendo às proposições dos objetivos do desenvolvimento sustentável (ODS´s) propostos pela ONU”, destacou o professor Flávio Lima, do Departamento de Turismo do Campus Natal da Uern e coordenador geral do Projeto Cetáceos.

Entre terça-feira, 19, e hoje, 21, o docente participou da Reunião Anual da Remane, realizada no Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Nordeste (CEPENE/ICMBio), em Tamandaré-PE. Na oportunidade, Flávio Lima foi escolhido pela plenária como Secretário Executivo Adjunto da Remane e representante na Rede Nacional.

No evento, foram discutidos temas importantes sobre ações de pesquisa e conservação dos golfinhos, baleias e peixe-boi marinho. A Uern, por meio do Projeto Cetáceos da Costa Branca, é a instituição responsável pelo atendimento de encalhes de mamíferos aquáticos no Rio Grande do Norte.

Professor Flávio Lima, à direita (camiseta azul)

Para atender essa demanda, o Projeto Cetáceos realiza, desde 1998, atividades de monitoramento de praias, resgate, reabilitação e soltura de animais vivos. Quando são encontrados animais mortos, são realizadas análises para avaliar a causa do encalhe no Laboratório de Monitoramento de Biota Marinha, no Campus Mossoró.

Em 26 anos, o Projeto já percorreu cerca de 2 milhões de quilômetros de monitoramento de praias em todo litoral potiguar. Isso equivale a quase 150 voltas ao redor da terra. Foram registrados nas praias cerca de 15 mil animais, entre vivos e mortos. Entre esses, 520 animais foram reabilitados e devolvidos para a natureza, representando um importante resultado para a conservação da biodiversidade e do oceano.

Ao longo desse período, com os dados coletados dos encalhes foram concluídas monografias, dissertações de mestrado, teses de doutorados e pós-doutorado. Associado às ações de ensino e pesquisa, o Projeto desenvolve atividades de extensão, realizando exposições, palestras, cursos, oficinas e reuniões de divulgação dos resultados para a sociedade, incluindo pescadores, marisqueiras, estudantes, educadores e gestores públicos.

A rede

A Remane é coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente, por meio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e do Centro Mamíferos Aquáticos (CMA). Além da Rede do Nordeste, compõem a Rede de Encalhe e Informação de Mamíferos Aquáticos do Brasil – REMAB, as redes do Norte, Sudeste e Sul.