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Em 1º de fevereiro, a colação de grau dos 25 formandos do curso de Medicina da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) terá o diferencial de, além dos diplomas, entregar as carteiras do Conselho Regional de Medicina (Cremern). Alunos e alunas sairão da solenidade já médicos e médicas. A novidade partiu de uma iniciativa da Diretoria de Admissão, Registro e Controle Acadêmico (Dirca), vinculada à Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (Proeg), responsável pelas formaturas.

“Antes, praticamente uma hora depois da colação de grau, os alunos começavam a nos cobrar a lista de formados. E era um sufoco. Às vezes eu estava na colação de grau, tinha que sair correndo para a Dirca, para providenciar essa lista para entregar para eles, porque já saíram da colação de grau para o Conselho para fazer o registro”, conta o professor Mairton França, titular da diretoria. Mairton, então, teve a ideia de ligar para o Cremern para pensar num acordo que beneficiasse os discentes. Recebeu retorno do presidente do conselho, o médico Marcos Jácome, e as instituições começaram a pensar numa solução. Reuniões ocorreram entre agosto e novembro do ano passado, e a iniciativa ficou acertada.

De acordo com o Dr. Marcos, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e o diretor do Cremern, Jeancarlo Fernandes, ressaltaram que a cerimônia de colação de grau da Universidade estadual será “histórica”. “É Mossoró inovando na educação e propiciando, através da Uern, um momento único para os formandos e seus familiares”. O presidente do Cremern destacou o trabalho conjunto realizado para que esse momento se tornasse possível. Para o médico, “é o momento de comemorar a dedicação dos nossos integrantes, principalmente os que fazem parte da delegacia em Mossoró. E também estamos torcendo para que estejamos sempre contribuindo para melhorar nossas missões junto à sociedade potiguar”.

Para Manu Rodrigues, Uern foi um divisor de água (foto: arquivo pessoal)

Manu Rodrigues integra a turma dos 25 concluintes. Natural de Natal, ela conta que veio a Mossoró para cursar Medicina na Uern, instituição que mudou a sua vida. “Acredito que vai ser muito especial poder mostrar para minha família a carteira de registro no Conselho no mesmo dia em que recebo o diploma. Torna tudo mais concreto, até emocionante”, disse. A aluna mencionou que levará “um pedacinho da Universidade” sempre com ela.

Mairton França, o titular da Dirca, registra que a entrega simultânea de documentos também pode vir para outros cursos que demandam registro profissional, como Enfermagem, Educação Física e Serviço Social.

Novidade representa diálogo da Universidade com entidades de classe

Cicília Maia, reitora: “Sem dúvidas é um ato de grande simbologia para os profissionais” (foto: arquivo Uern)

A reitora da Uern, Cicília Maia, destaca que essa iniciativa representa mais um avanço: “Esse gesto demonstra que a Uern mantém um diálogo profícuo com as entidades de classe. Sem dúvidas é um ato de grande simbologia para os profissionais que terminam a graduação já com o diploma e o seu registro profissional na mão. Estão aptos e aptas a atuarem em suas profissões. Nossos parabéns a todos e todas”, afirmou Cicília Maia.

De acordo com a professora Fernanda Abreu, titular da Proeg, “muito nos satisfaz e orgulha ver nossos alunos concluírem suas formações não apenas diplomados mais igualmente com seus devidos registros no Conselho Profissional respectivo, habilitando-os a intervir diretamente na realidade social e cumprindo os fins aos quais se comprometeram. Com eles vai a nossa Uern e sua história que cria e transforma vidas e contextos sociais”.

A universidade pública, completa a pró-reitora, é um espaço educativo gratuito e de qualidade que objetiva fornecer aos seus discentes condições para uma formação humana e profissional digna e que os torne aptos a servir à sociedade de maneira geral, através de seus saberes.

“Isso é muito importante porque primeiro vai agilizar a vida do médico formando, que já tenha certeza de que, recebendo o diploma, ele já tem um número de Conselho para poder atuar, para poder trabalhar, para poder entrar nas residências médicas, enfim”, disse o vice-diretor da Faculdade de Ciências da Saúde (Facs), o professor José Edvan, que participou das reuniões que resultaram na novidade.

Foto de capa: Cremern